quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A minha mana, ai a minha mana

Só tens olhos para a mana. Só. Se ela estiver por perto, nada mais interessa. O leite fica para depois, a televisão passa a um quadrado escuro e sem graça, a mãe e o pai são meros adereços em casa. A mana é que interessa. De olhinhos muito abertos, enormes, atenta, com a cabecita tipo cata-vento, assim estás tu, a seguir a mana para todo o lado. É só ela chegar que o teu Mundo resume-se àquele ser tão maior que tu, mas ainda assim, pequeno o suficiente para te despertar uma atenção maior, melhor e tão diferente de tudo o resto; o tempo pára e os teus olhos fixam-se na mana. É amor, é carinho, é mimo, é atenção, é vontade de absorver tudo, cada grito, gargalhada ou palavra. É querer estar ao pé. É a tua maninha mais velha.

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