quarta-feira, 21 de abril de 2010

O que fizeste hoje?


- Um bolo!
- A fingir ou um bolo a sério?
- A sério!
- Onde fizeste o bolo?
(Depois de pensares uns momentos...)
- Na cozinha, com a avó!
- E o que levou o bolo?
- Ovos, femento, óleo, fainha, ovos, manteiga... hum, hum...
- Açúcar?
- Sim!
- E era de laranja ou de iogurte?
- Iogurte! Nham!
- Então também levou iogurte?
- Xim, claro.

Tal e qual...


28 month old While your toddler is learning better motor skills these days - stacking blocks, turning pages, even standing on one foot - she may not have as good a grip on her emotions. At this age she's still prone to a fair amount of pushing, yelling and throwing tantrums at the drop of a hat. When she's upset, you can remind her that talking gets better results than yelling. Remember to praise her when she makes an effort to communicate with words.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Mamã olhó o meu dentes!

É este o mote que fazes ouvir - e bem - sempre que acabas de lavar os dentes. Com todo o orgulho e determinação de tarefa cumprida. E não é que não saibas que são muitos os dentes (todos já), mas o singular e o plural na mesma frase devem-se à felicidade que leva à tua rapidez em quereres anunciar o enorme feito, todas as noites. :-)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Haverá melhor?

Do que à noitinha chamares por mim para adormeceres. Do que abeirar-me de ti. Do que encostar a minha cara na tua e sentir-te aconchegar (ainda mais) a tua pela na minha. Do que conseguir sentir os teus olhos pesados e ser capaz de ver a tua respiração aprofundar. Do que aperceber-me do teu cheiro de bebé e realizar que os teus cabelos sedosos se confundem com os meus. Do que afastar-me, pé ante pé, e ouvir o teu susurro... mamã faz festinhas assim... – enquanto pousas a tua mão ao de leve no topo da tua cabeça. Do que fazer-te festas porque pediste, porque tens sede do toque e do carinho físico. Não. Não há nada melhor.

Tu

Qual menina. Como te assenta bem a alcunha de recém-nascida Pocahontas. Antes de conseguirmos que entres na banheira; já sem roupa, só de fralda; a pele escura (vamos ainda em Abril); o vislumbre de alguma barriguinha empinada, mas já pouca devido ao crescimento célere em altura e à elegância; o cabelo preto e farto. Qual Maria-rapaz, sempre em correria, veloz, aos pulos e saltos pela casa. Estás crescida bebé. Continuas linda.

Tabalho

Com uma pasta debaixo do braço, desces da cadeira, diriges-te à porta enquanto dizes Estou cheia de tabalho!

domingo, 18 de abril de 2010

Magia

E não é que na Quinta pedagógica existe um tronco de árvore a fazer de banquinho, com imensas pinturas em relevo gravadas onde descobriste o Peter Pan e a fada Sininho?! E que alegria que foi!

Desenhos em série

Gostas mesmo muito de desenhar e pintar. É muito raro passar um dia sem que pegues nos lápis de cor. Em casa da avó ainda tens o privilégio de poder pintar à mesa e na mesa. A mesa da cozinha da avó é pexial, como tu dizes. Podes colori-la à vontade, que depois é só pegar em papel e num qualquer spray de limpeza e fica como nova. Há dois dias estavas num momento de inspiração. Pegavas numa folha, em alguns lápis e fazias uns rabiscos muito coloridos, a toda a velocidade. No final, levantavas a mão pelo ar enquanto rodavas o punho, qual Da Vinci e exclamavas, prontinho! Adorei. :-)

As últimas


- Lago não lambas a pilinha, isso é feio!

Querias colo e pedias insistentemente à avó M. A avó tentou dissuadir-te e disse-te:
- Margarida a avó não te pode dar colo, está cansada e tu estás pesadona!
- Avó M., não estou nada pesadona!

Tinhas visto o filme do Peter Pan. Estavas ao colo do pai e zangaste-te mandando um copo ao chão. O pai disse-te que o tinhas de apanhar antes de brincar contigo. Não quiseste. O papá insistiu. Ficaste ainda mais zangada. Entretanto, lá foste apanhar o copo, contrariada. Para mudares de assunto e justificar o teu mau levantaste-te e disseste de beicinho: eu não acredito em fadas... Não acreditas em fadas Margarida?, perguntou-te o pai. – Não! Chegaste à cozinha e encontraste uma mosca que por ali andava e ainda concluíste – E não acredito em mocas!

Dizias para mim:
- O Lago é muito fofinho. Os animais são muito queridos.

Contava-te a história da Branca de Neve antes de dormires. ...E então chegou o príncipe e aproximou-se da Branca de Neve...
- O Pínchepe encantado mamã!

Zanguei-me contigo por uma asneira que fizeste. Limitei-me a dizer-te isso mesmo:
- Margarida a mamã assim fica triste contigo. Já sabes que não deves fazer isso.
Reflectiste uns minutos sobre o assunto. Depois, puseste a mão na minha cara e disseste:
- Mamã?
- Sim Margarida.
- Mamã, mas tu pometeste.
- Prometi o quê?
- Pometeste uma coisa...
- E o que foi que eu prometi?
- Pometeste que não batias...
(lol, não prometi nada, mas também não bati!)

- Margarida os ténis são para andar na rua, em casa andamos de pantufas. Sabes isso?
- Eu sabo.

Desde que a barriga da tia C. já se nota que esta conversa entre nós as duas é recorrente:
- Mamã?
- Sim querida.
- Também tens um bebé na barriga?
- Não filha, a mamã não tem. A tia C. é que tem.
- Tens, tens... (com ar traquina e feliz)
- Meu amor a mamã não tem nenhum bebé na barriga. A sério que não.
- Ah... está bem... (ainda desconfiada)

Sentada no sofá comias um bocadinho de folar. A “tia” S. perguntou-te
- O que é que estás a comer Gui?
Ficaste visivelmente atrapalhada com a pergunta. Olhaste para o bolo, olhaste para ela. Pensaste. Esperaste. Já confiante respodes contente:
- Rei de bolo!
(Ahahahahahah! Muito bom! Foi um fartote aqui por casa.)

- Papá estás de verde, como o Peter Pan!
(Nova paixão...)

Eu: Olha, é o Peter Pan!
Tu: É o Peter Pan?
Eu: Sim filha!
Tu: Mas não parexe...

Numa visita à Quinta Pedagógica há uns fins-de-semana atrás, encontrámos um pequeno tractor de uso interno arrumado a um cantinho. Pediste para te sentares. Já instalada disseste:
- Tens moedas papá para eu andar? E tu mamã?
Depois repetiste a pergunta quando sentada num cavalinho de madeira... Lol!

Eu: Margarida a mamã não quer que tu andes assim a correr pela casa, sempre a cair!
Tu: Que se paxa mamã?
Eu: Eu fico preocupada, porque tu cais e podes magoar-te.
Tu: Eu não preocupo-me!
Eu: Mas preocupo-me eu!
Sais da cozinha enquanto sussurras...
Tu: Mamã, vai discutir...
Com outro, devia ser o que querias dizer... Muito bom!

- Mamã quero uma bolacha de baunica faz favor...
De quê???

No carro:
Tu: Mamã aqui não há mais xemáfos, pois não?
Eu: Não filha.
Tu: Vai aparecer outro papá, não te pirocupes.

Saudadinhas
Eu: Vamos jantar a casa dos amigos da mamã e do papá, está bem?
Tu: Mas pimeiro vamos a casa da avó M., tá bem mamã?

No carro:
Tu: Tá verde.
O pai trava.
Tu: Ooppsss. Papá tá vermelho.

Vi que estavas sujas depois de comeres a papa:
Eu: Filha tens a cara toda branca de papa.
Tu: Mamã, e o que achas da minha camisola?
Pois, ainda não tinha visto essa desgraça, lol!

Conversa profunda...
Tu: As àrvores tão doentes, já não há, os senhores levaram...
Eu: Os senhores plantam outras novas.
Tu: Eu rambém quero ajudar, regar. Sozinha.

Durante a semana eu e o papá levamos sempre iogurte, fruta ou bolachas num saquinho. Acordaste um destes dias e disseste-nos:
- Bom dia mamã! Papá vais tabalhar? Com as bolachas?

Num dia à tarde quando te fomos buscar a casa da avó:
- Senta ao pé de mim no carro mamã, vai quietinha.

Espirraste:
Eu: Santinha filha.
Tu: Obrigada mamã.

Eu: Queres ajuda Margarida?
Tu: Não obrigada mamã!

Durante o dia o papá pôs-me a par de uma birra enorme que fizeste pela manhã.
Eu: Está tudo bem filha, correu bem o teu dia?
Tu: Xim. Mas fiz uma birra.
Eu: Conta lá o que se passou?
Tu: Eu portei-me mal e o papá deu uma palmada no meu rabo.

Papá: Margarida queres que ponha estes brinquedos no teu quarto?
Tu: Sim papá, é este (apontando para a porta do teu quarto).
É que a casa é enorme, o pai podia perder-se... ahahahahah.

A brincares com os teus animais:
- Este é o leão, o rei da selva, rrrrrrr!

Eu: Margarida vamos para o banho?
Tu: Não mamã, agora tou ocupada.
Ah pronto, desculpe sim....!

No banho esticada de barriga para baixo a dares às pernas e a fazeres bolinhas:
- Sou a pinxesa pupurina!
Quem??? Influências do Noddy, eu creio...

Eu: Margarida vamos jantar.
Tu: Mamã tou a ler, vês? Agora não.

Tu: Vais trabalhar mamã?
Eu: Vou.
Tu: Eu não, pois não?
Eu: Não, só a mãe e o pai.
Tu: Pois, eu sou muito pequenina.

No carro:
Tu: O que é isso papá?
Papá: É um gps. Serve para obtermos direcções para os sítios.
Tu: O senhor volumoso também sabe onde é a rua do Noddy.

Eu: Está verde vez, já podemos avançar.
Tu: Tás maluca mamã! Não tá verde!
Calminha menina... :-)

Eu: Margarida já puseste os guardanapos na mesa?
Tu: Xim mamã, já pusi!

Alguma confusão pela manhã:
- Mamã quero ver o filme do Peter Pan e do Peter Gancho...

Em casa da avó M. o pai avisou que estava à nossa espera lá em baixo porque não conseguia chamar o elevador. Expliquei-te o sucedido e disse-te que, assim sendo, tínhamos de ir andando. Aceleraste o passo, vestiste o casaco e correste para a porta enquanto dizias entre dentes:
- Papá, vou a caminho!
(É assim mesmo meu amor, qual super bebé a salvar o pai, a mãe ou quem estiver em apuros!)

Um dia desta semana assististe a uma visita especial aos meninos da escola ao lado de casa da avó. Era um comando da PSP que mostrou às crianças os carros, as motas, os capacetes, os coletes, enfim, toda a panóplia de materiais e utensílios que usam. Estiveste do outro lado das grades a ver tudo em grande excitação. Quando cheguei à tarde a casa da avó perguntei-te sobre isso. Falaste sobre o que viste, mas quando te perguntei de quem eram os carros e as motas...
Tu: De quem?
Eu: Sim, de quem eram?
Tu: Hum...
Eu: Quem estava a mostrar aos meninos?
Tu: Hum...
Eu: Eram da po...
Tu: Cilga!

Perguntaram-te se tinhas gostado do aniversário da mãe e se eu tinha gostado da surpresa do bolo de aniversário:
- A mamã dixe que o bolo era fantático com uma boneca qu’era a Margarida com flores no colo pá mamã!
(Isto assim, tal e qual, seguidinho e sem respirar!)

Depois de te calçar umas meias novas mostraste-te descpnfortável:
- Estas meias não mamã. São suaves mas estão apetadas.

Depois de uma série de desenhos que fizeste cheios de cores:
Papá: És uma artista filha!
Tu: Ahã!
(Olha à modéstia!!!)
Eu: São desenhos abstractos?

Tu: Não mamã, sou uma atista, não são bstactos!

Para que não haja enganos

Não há cá frases simples, monossilábicas, curtas, que deixem azo a questões ou dúvidas. Não. Contigo é tudo muito direitinho. Respondes sempre: não, não quero; sim, podes; sim, eu gosto; não, eu não pexiso... e por aí fora. Dá gosto ouvir-te e, sobretudo, é muito cómico o facto de falares assim, mas de uma maneira muito própria, com uns “chs” pelo meio que nos lembram o quanto ainda és bebé. Ainda assim, gostas de tudo explicadinho, para não haver cá enganos! É assim mesmo filha!

Sistema de Infantário

Como andamos já há umas semanas a insistir de novo com as idas ao bacio, o pai descobriu no meio de um livro (de incentivo a deixar a fralda) uns autocolantes fantásticos: são estrelinhas que se vão colando por fila, conforme tenhas feito um xixi no bacio, um cocó, deixado a fralda um dia, uma noite, etc. A modos que entrámos numa de “sistema de infantário”. Há falta das famosas bolinhas verdes, amarelas e vermelhas de bom comportamento, temos-te premiado com estrelinhas, o que te faz verdadeiramente orgulhosa e feliz. Bem, na verdade, feliz, feliz far-te-á o geladinho ou chocolate que a avó M. promete se fizeres os “presentes” no sítio certo... Eheh. 

Conclusão


No carro, a caminho do almoço de família, passámos por um jardim:
Tu: Mamã?
Eu: Sim?
Tu: O hipopótamo é muito grande, por ixo não tem poxilga.
Eu: Hum... Pois não filha, o hipopótamo vive na selva.
Tu: Onde é a selva mamã? Eu quero ir lá.
Eu: A selva é muito longe daqui.
Tu: Eu queria ir à selva.
Eu: Talvez um dia vás.
Tu: Os leões também são grandes, também vivem na selva, que é muito gande.
Eu: É isso mesmo, é verdade.
Tu: Mas mamã, este leão (que tinhas na mão) é pequenino, é muito querido, é meu amigo, está comigo e não vai para a selva. E mamã?
Eu: Sim?
Tu: Há muitos animais da selva que tão no jardim joógico.