sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Já chegámos!!!

Há uns tempos, quando íamos para casa, ao final do dia, de carro, chegados ao supermercado Continente ouvimos-te gritar atrás: já chegámos! Agora, já o dizes mesmo na curva anterior. Na garagem voltas a “confirmar” que de facto chegámos a casa, lol! A sensação que dá é que já reconheces o caminho e sobretudo quando estamos perto de casa.

Espinhas

A facilidade com que consegues tirar as espinhas da boca é impressionante! A avó, eu, o pai passamos a “pente fino” o prato de peixe, mas lá aparece uma ou outra espinha tão minúscula, que só mesmo tu para a detectares. O mais incrível é que o fazes depois de estares com a boca cheia. Pões dois dedinhos na boca em forma de pinça, estás ali um bocadinho às voltas e voilá! Entregas-nos com ar muito contente uma espinha e ainda agradeces por tomarmos conta dela, eheh. Demais!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Esta manhã

Esta manhã, à semelhança das manhãs das últimas semanas, vieste ter comigo à casa de banho ver-me pentear, pôr os brincos, enfim, arranjar-me para sair. Sentei-te como sempre ao meu lado, no mármore frente ao espelho. Como estavas descalça, depois de te pentear e de te pôr a fita que me pediste na cabeça, decidi calçar-te. Quando viste as meias que tinha na mão exclamaste: uau! Meias cô-de-rosa!!! Vaidosa! : - )

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Posso ir de cabeça? Não!!!


É o caos!!!


Já chegas a todas as gavetas lá de casa. Todas!!! Mesmo que para uma ou outra tenhas de te empoleirar, esticar muito, muito, pôr em bicos de pés ou pendurar-te na própria da gaveta, consegues sempre o teu objectivo: esvaziá-la por completo. Estás bem alta e, na verdade, a maior parte dos nossos móveis são baixos. Como descobriste há pouco tempo algumas delas, os seus conteúdos são uma autêntica novidade. Passas aquela horinha antes de sairmos de casa ou a primeira hora depois de chegarmos, na fantástica aventura da “ronda às gavetas”. És pior que uma busca da PJ (bom, calculo eu…). É o verdadeiro caos.

Hoje de manhã

Tu: Mamã, mamã onde tás?
Eu: Estou na casa de banho.
Tu: Mamã, mamã?
Eu: Estou a tomar banho!
Apagas-me a luz da casa de banho. Passado uns momentos eu abro a porta. Apareces do lado direito e gritas muito contente: Chupresa!!!
Ahahahahahah!

22 month old

Does your toddler insist on climbing into his own car seat or pull things out of your hand? He'll fight harder now than ever to explore the world on his own terms. Strong opinions and rigidity are hallmarks of toddlerhood. You can avoid a tug of war by respecting your toddler's preferences and giving in on the little things. Letting him choose which jam to use on toast or which pyjamas to wear to bed will give him the sense of control he craves. The secret is to give him only options that are acceptable to you. That doesn't mean you should become a pushover to prevent tantrums. It's important that you make it clear that some things like behaviours that affect safety are not up for negotiation.
Quanto a ti só posso dizer: t-a-l e q-u-a-l! Quanto a nós... creio que estamos no bom caminho...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Mais conversas

Tu: Olha papá, a chucha nova, tenho ‘ma chucha nova! (Na verdade, sempre que achas uma pela casa passa a ser “nova” – o que é óptimo! :-))
Papá: Gostas da tua chucha?
Tu: Góta!

Tu: Papá ajuda-ME! (já acrescentaste o “me” ao final das palavras)

Tu: Mamã olha chucha!
Eu: Tens de pedir ao pai para a lavar.
Tu: A gritar e a correr: Papá lavar chucha, tem bolacha!

Papá: Margarida então, já acabaste?
Tu: Tou acabar!

A fazeres festas no peito do pai, de manhã, no elevador:
Tu: Papá tão lindo…
Papá: Obrigada filha, tu também estás linda.
Tu: E mamã (a fazeres festas no meu peito)… lol.

Tu: Lago xiu. Lago Margarida não qué baiulho!

Eu: Querida hoje não dá para ver a lua daqui.
Tu: Tá escondida! Papá não conxigo vê lua!

Tu: Papá olha aqui! Olhó vestido!

À noite:
Tu: Mamã paga a luz, axabor.
Tu: Ah, tá escuro, não vê-se nada.
Tu: Papá axabor leitinho.

No jardim:
Tu: ai, ai, o cão tá ladrar!

A jogar a um jogo com a avó M. que consiste em, pelos buracos de uma casa, pôr lá os bonecos dentro:
Tu: Mané é só um!!! (De dedo esticado e depois da avó tentar pôr vários ao mesmo tempo).

Eu: Está quente a sopa filha?
Tu: Não, ‘tá boa.

Enquanto eu me maquilhava:
Tu: Mamã que tás faxer?
Eu: Estou a maquilhar-me, a pôr pinturas.
Tu: Mamã pinturas tão bonita.
Eu: Obrigada meu amor, tão querida!

Enquanto o pai tenta tirar um pouco de gelado para uma taça, estás no colo dele, de olhos arregalados, a salivar e inquieta. O gelado tinha acabado de sair do congelador. Explicámos que teríamos de esperar um pouco, pois o gelado ainda estava muito duro.
Tu: Tá duro, gelado.
Papá: Está muito duro, temos de esperar um bocadinho.
Tu: Esperar…
Papá: Sim, esperar um bocadinho, para o gelado aquecer.
Tu: Pra aquexer…
(O pai tenta tirar um bocado de gelado e gritas)
- Muita bem! Boa papá! Conseguis!
Ahahahah!

No muda fraldas rasguei uma fralda acabadinha de pôr ao puxar com demasiada força o autocolante de um dos lados da mesma:
Eu: Margarida agora foi a mamã que fez uma asneira.
Tu: Mamã fez asneira, mãe não é bonita.
Eu: Pois é. Vou ter de pôr outra fralda nova.
Tu: Falda não funchiciona, pôr falda nova!

Avó M.: Margarida queres fruta?
Tu: Não, obrigada.

Aos pulos no sofá… e aos gritos:
Tu: Mamã olha pa mim! Papá olha pa mim!
Nós: Estamos a olhar para ti, estamos a ver.
Tu: Olha pa mim!!!

O pai chega a casa…
Papá: Olá filha, estás a jantar?
Tu: Papá já comi sopa, agora é carninha.
Enquanto comes a carne:
Tu: É bom, é bom. Mais.

Eu: Gui vamos ver se o papá já está em casa ou se vamos nós buscá-lo.
Chegadas a casa:
Tu: Já chegámos, pimeiro!

Excitadíssima, a correr disparada do teu quarto para a sala, a gritar:
Tu: Oh, o guijo do nonny, perdeu, perdeu, tem de procurar!

À noite, no teu quarto, a empatares para não ires dormir, fizeste o pai tirar todosssss os bonecos das prateleiras:
Tu: O palhaço com a fotogafia na paia, a aieia, é a magaída; o urso, o coelhinho, a bola, o panda, a bonheca Joana, o bebé que tá chorar, a girafa…
Depois sais da cama e deitas-te no chão, em cima do tapete:
Tu: A Margarida tá domir, olha mamã. (de olhos fechados). Acodei! (abrindo os olhos).
Voltaste a subir para a cama e depois lembraste-te…
Tu: Qué ir pó chão, lavá dentinhos, tá escuro, abrir luz mamã.

Eu: Margarida vai ver quem está na sala.
Tu: (depois de ouvires a voz da “tia” S.) Shusana, Shusana!
Eu: Vai lá dar-lhe um beijinho.
Tu: (de cabeça baixa, à porta da sala, cheia de vergonha)
“Tia” S.: Dás-me um abraço – tu deste. Dás-me outro? - deste outro.
Mais tarde:
Eu: Margarida vamos dormir?
Tu: Não.
Eu: Está na hora de ir dormir, dá um beijinho à mamã.
Tu: (Deste um beijinho e um abraço e foste ter com o papá para lhe dares também).
Papá: O pai vai contigo deitar-te.
Tu: Papá beijinho – e deste na mesma.
Depois encaminhaste-te até ao quarto e pelo caminho tiraste a chucha da boca, olhaste para mim e para a “tia” S. e disseste: boa noite, voltando a pôr a chucha na boca.

Tu: Olha papá, chazinho. Mamã fez.
Papá: Ai que bom, a mamã fez-te chazinho.
Tu: Margarida ajudou, com água, mexer a colher.

Os nossos sapatos


Estás fã. Há cerca de três semanas que sempre que apanhas um par dos nossos sapatos pela casa te divertes imediatamente a (tentar) enfiar os pés lá dentro e andar pela casa com eles calçados. A brincadeira já deu direito a duas quedas mas que não foram, obviamente, suficientes para desistires. Adoras esta nova descoberta: os teus pés são pequeninos, mas são fortes ao ponto de conseguires arrastar-te com os nossos sapatos. Fartas-te de rir!











Ultimamente...

... respondes a todas as perguntas destes género - "Queres ajuda?" "Queres que a mamã faça?" "Queres que a mamã te calce?" – com um convincente:
- Não, Xozinha. Ou - Margarida faz xozinha. Mas que independente filha!

Desejo-te tempo

Não te desejo um presente qualquer,
Desejo-te somente aquilo que a maioria não tem.
Desejo-te tempo, para te divertires e para sorrir,
Desejo-te tempo para que os obstáculos sejam sempre superados
E muitos sucessos comemorados.
Desejo-te tempo, para planear e realizar,
Não só para ti, mas também para os outros.
Desejo-te tempo, não para ter pressa e correr,
Desejo-te tempo para te encontrares,
Desejo-te tempo, não só para passar ou vê-lo no relógio,
Desejo-te tempo, para que fiques;
Tempo para te encantares e tempo para confiares em alguém.
Desejo-te tempo para tocares as estrelas,
E tempo para crescer e amadurecer.
Desejo-te tempo para aprender e acertar,
Tempo para recomeçar, se fracassares...
Desejo-te tempo também para poder voltar atrás e perdoar.
Desejo-te tempo, para ter novas esperanças e para amar.
Não faz mais sentido protelar.
Desejo-te tempo para ser feliz.
Para viver cada dia, cada hora como um presente.
Desejo-te tempo, tempo para a vida.
Desejo-te tempo. Muito tempo.
Recebi este e-mail e pensei de imediato em ti. Amo-te bebé.

Rosa


Isto do cor-de-rosa para as meninas (e o azul para os meninos) deve ser qualquer coisa genética. Eu como nem gosto de cor-de-rosa, a menos que seja o fuscia (que é da família), nunca insisti nessa cor nas tuas coisas (seja roupa, enxoval ou decoração). O facto é que há já uns dias que andas fascinada com o cor-de-rosa. - Margarida que fita é que queres pôr? - A cô-de-roja! - Vamos pintar o gatinho? - Xim, de cô-de-roja! Lol!!!

Tagarela

Não podias ser mais. É que não podias mesmo! Ainda não tens dois anos e estás praticamente equiparada à tua mãe no que diz respeito ao número de palavras diárias (elevadíssimo, diga-se). Já na relação número de palavras por minuto, aí sim, já me ultrapassas!!! Verdade! Queres dizer tanta coisa e tão depressa, que não raras vezes te “atropelas” a ti própria e gaguejas. É de chorar a rir! Adoro!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

22 Meses...

Custa acreditar que faltam somente 2 meses para completares dois aninhos... Amo-te muito meu bebé... Sempre, o meu bebé.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O melhor casamento de sempre

Não só pelo facto da cerimónia ter sido bonita. Não só pelo facto do coro ser maioritariamente composto por gente conhecida, gira e com boa voz. Não só por ter sido entre duas pessoas que adoro. Não só pela saída triunfal dos noivos da Igreja para a quinta, num carro antigo que era o máximo. Não só por ter sido numa quinta com uma vista verde fantástica. Não só por a noiva ir lindíssima e o noivo não lhe ficar atrás. Não só por ter ficado arrepiada com a voz da noiva e a letra e sonoridade da música que cantou dedicando ao noivo. Não só pelo divertido “faduncho” com que o noivo retribuiu. Não só por a todo o momento sermos surpreendidos com mais uma música, um banda de jazz, um discurso… Não só por cada momento ser sempre muitíssimo divertido. Não só por cada discurso, de cada madrinha e de cada padrinho, ser divertido, profundo, sincero e de me levar sempre às lágrimas. Não só por cada vídeo que passou ser mais original que o anterior. Não só por todos eles emanarem carinho, paixão e muita amizade. Não só por ter sido um casamento em que, sem excepção, todos levavam e trouxeram boa disposição. Não só pela fantástica música que esteve sempre a ouvir-se e animou a pista “até às tantas”. Não só por, noiva e noivo, serem “gente do teatro” amador, mas tão autênticos, reais, divertidos, como qualquer bom actor profissional. Não só por terem feito uso da sua arte para nos divertir, fazer sentir, chorar e partilhar ao máximo o SEU dia. Por tudo isto, por muito mais que não conseguiria aqui transmitir-te filha. Por tudo isto, por todas as emoções que senti, que foram muitas em um dia só, que foram fortíssimas e que me levaram a passar um dia fantástico mas também a pensar muito. Não só por tudo isto que talvez nunca te possa transmitir verdadeiramente e que, mesmo que tivesses estado presente, estarias a bons anos de compreender. Por tudo isto mas sobretudo por, pela primeira vez, ter presenciado uma união autêntica entre a noiva e os “seus”, entre o noivo e os “seus. Por ter assistido a uma verdadeira união entre duas famílias, por si só fantásticas, optimistas, felizes e que, pelo acto do casamento entre duas pessoas, se uniram “ali” como muito raramente acontece. Não tenho dúvida que assisti e vivi o melhor casamento de sempre, porque não foi apenas a junção (formal) de duas almas gémeas, mas da união sincera e da alegria partilhada das famílias e amigos de duas pessoas que só podemos dizer que temos o privilégio de ter nas nossas vidas. Adorei I. e F., adorei. Adorei o vosso dia, a vossa união, o vosso casamento, a festa, o vosso sorriso, a vossa felicidade. Confesso que te escrevo filha, porque gostava que um dia, pudesse ter exactamente aquilo que presenciei. Sem um pingo de inveja – sou sincera – mas apenas um desejo imenso de conseguir, de ora em diante, uma FAMÍLIA de letras maiúsculas, que simbolizem a união, a força, a amizade e o amor que consegui sentir ali. Que seja assim connosco, diferente do que tem sido até à data. É o meu desejo para nós. Amo a minha família, não restem dúvidas disso, mas união e f-a-m-í-l-i-a como conheci neste dia, não tenho a sorte de ter. Aos noivos desejo (muito embora estando certa de o fazer sem qualquer necessidade) que sejam felizes, muito felizes. Sei que o serão, deu para perceber. Não tenho dúvidas.

Pormenores

Muitas vezes confundes o “meu” com o “minha”. Nem sempre acertas dizendo muitas vezes minha livro ou meu fita. Mas o mais engraçado é que trocas a ordem, dizendo livro minha ou fita meu! Além disso, quando são vários livros, vários bagos de uvas, várias meias, etc., já aplicas o plural, mas é o máximo porque sai qualquer coisa como: - Margaridas queres uvas? - Uvas é meus!!! : - )

Tão pequenina…

O papá tem uma expressão que eu adoro: pessoínha. Usa-a apenas para ti e sempre que se espanta contigo ou o surpreendes – ainda mais. Como é que esta pessoínha já fala assim?! (por exemplo). É de facto impressionante. A fala, a desenvoltura, enfim, tudo o que és e (já) representas em torno de ti. Lembrei-me a propósito de, este Sábado, quando já estavas indecisa entre o escorrega ou o baloiço no parque infantil e paravas entre um e outro, te saíste com a seguinte: embóia? Agóia? Perguntámos-te onde porque querias ir embora. Capé? Bolinho? Ahahahah! Tão pequenina e, enfim, apetecia-te ir até ao café comer um bolinho. Lá fomos, na companhia da “tia” R. És demais filha!

Uma história

Há sempre dois sapatos: o sapato esquerdo e o sapato direito.
O sapato esquerdo calça o coração. O sapato direito joga futebol.
Quando chove, os sapatos dão pontapés na chuva. Quando faz sol, os sapatos dão passeios aos domingos.
À noite, quando tu dormes, os sapatos dão passos pela casa do teu sonho.
Os sapatos, patos, patos, sapa, sapa, sapateiam.
Com saúde, vão até ao fim do mundo. Doentes, vão até ao sapateiro.
Três sílabas apenas: sa-pa-tos.
Mas podem ter quatro sílabas se forem muito pequeninos: sa-pa-ti-nhos. E novamente três se forem muito grandes: sa-pa-tões.
Os sapatos, na gramática, são uns brincalhões.
Brincalhões, merecem brincar. Menino que não meteu os sapatos no frigorífico não merece sorvete no Verão.
Não é asneira, não: são os sapatos no trapézio da imaginação.
Vê lá tu: já houve um sapato com pregos que subiu ao monte Evereste.
Nunca lá estiveste?
Pena: ensina geografia aos teus sapatos até eles ficarem sem tacões.
Enfim… faz tudo com os teus sapatos, sapatinhos, sapatões.Mas, se um dia endureceres e fores mau sem razão, tira o sapato esquerdo, põe o pé no chão…E ouve descalço o teu coração.

Adormecer “atrelada” a nós

Sou sincera quanto te digo que, apesar de estar a ser muito cansativo (sobretudo psicologicamente), stressante e angustiante ver-te passar por esta insegurança ou medo e ver-te fazer tantas birras, não deixo de sentir um enorme aconchego quando à noite, na altura de adormeceres, queres o nosso pescoço para agarrar e fazer festas, os nossos beijos de boa noite e o nosso contacto físico, tão próximo, que chegamos a ser um só. Creio que é a única “parte boa”. Mas é mesmo maravilhosa. Amo-te muito meu bebé.

Conversas

Eu: Este boneco é castanho.
Tu: Como o Lago.

Avó M.: Margarida a avó já ouviu.
Tu: Não é suda.

De manhã uma enorme birra para sair de casa:
Tu: Mamã colinho, colinho.
Eu: A mamã não pode dar-te colo, tens de ir sentada na tua cadeirinha.
Tu: Mamã senta comigo aqui, senta comigo.
Eu: Está bem a mãe senta-se ao teu lado atrás.
Tu: A mão mamã (agarrada à minha mão o tempo todo o a puxar-me o pescoço para a minha cara ir “na” tua).
Eu: Margarida a mamã vai ter de sair, para ir trabalhar.
Tu: Não, não… a choramingar.
Eu: Vais ter com a avó M., ela vai levar-te ao jardim…
Tu: Não, não.
Eu: … A mamã à tarde vem buscar-te.
(passados uns minutos)
Tu: Mamã?
Eu: Sim querida.
Tu: Beijinho. (Trocámos beijos). Té logo.
Eu: Até logo filha, porta-te bem.

Enquanto te vestia, depois do banho:
Tu: Põe camijola. Põe calchas.
Eu: Sim, vamos vestir a camisola e as calças.
Tu: Quando papá chegá tou linda!

Eu: Margarida está na hora de ires dormir.
Tu: Qué vê Ruca.
Eu: Podes ver um episódio, só uma vez ouviste?
Tu: Uma vez mamã, uma vez (de dedo indicador esticado), depois domir.

Depois de uma birra tua terrível no carro, à ida para casa:
Eu: A mamã está muito triste contigo. Vieste a chorar o caminho inteiro desde casa da avó, sem motivo nenhum.
Tu: Chorar… Birra.
Eu: Sim, fizeste uma grande birra e nem cumprimentaste a mamã ou deste um beijinho.
Tu: Mamã senta comigo.
Eu: Não sei se me sento Margarida.
Tu: No sofá.
Eu: Está bem a mamã senta-se ao pé de ti.
Vieste ter comigo e dar-me um beijinho.
Tu: cupa mamã.
Eu: A mamã desculpa-te, mas não podes fazer estas birras.
Tu: Feia.
Eu: Sim, não podes ser feia Margarida.

Eu: Margarida, a tua chucha?
Tu: Não tá qui!
Eu: Então tens de a procurar.
Tu: Pocurar, pocurar (enquanto corrias pela sala). Tá qui chucha!!! Encontei!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O aniversário do “Noddy”


Correu bem. Ou seja, não nos arrependemos de ter ido, porque gostaste de lá ter estado e foi toda uma imensa e nova experiência para ti. Simplesmente, podia ter corrido melhor, tendo em consideração o dinheiro gasto nos bilhetes… Gostaste de ver uma imensidão de crianças reunidas, um palco giríssimo e enfeitado, com fumo branco a sair e tudo, a “cidade dos brinquedos” em ponto grande, um Noddy, uma ursa Teresa e um senhor Lei em “ponto real”. Gostaste dos balões que caiam do palco e de andar a correr de um lado para o outro (lugares de primeira fila) entre muitos outros da tua idade. Todavia, passado uma hora de teatro, música e espectáculo, achaste que já era suficiente. Pegaste na mão do papá e disseste “embóia agóia”, dirigindo-te à porta de saída. E lá fomos, embora, brincar no escorrega e nos baloiços cá fora. : - )

Portas-te bem?

Quando de manhã, ao sair do carro, trocamos beijos e festas para durar todo o dia, falo contigo um pouco e termino sempre com um “porta-te bem filha”. Não é em jeito de pergunta, até porque não espero que o prometas :-) Mas a verdade é que, em resposta, abanas sempre a cabeça em gesto afirmativo. Depois da intenção à prática é que vai uma longa distância…

Croma da bola!

Tens coordenação total dos movimentos, chutas com força, és certeira. Sinceramente. Até o papá e o tio Q. – muito mais entendidos que eu nestas coisas – ficaram de boca aberta. Jogas muito bem à bola e, na realidade, sem grandes treinos ou insistência nossa. Gostas e sais-te muito bem! É assim mesmo miúda! Eheh.

Dormir de chapéu


Na verdade, não dormiste de chapéu, já que a avó M. não deixou, mas adormeceste de chapéu… de palha! No Verão nem sempre o querias pôr, parece que te incomodava. É lindo, em tons de rosa e roxo. Agora, só queres este para ir à rua, ao jardim, à tarde, ao final da tarde (em que já nem se justifica) e até o quiseste manter na cabeça quando foste fazer a sesta! Enfim… : - )

Opxx!

É demais! Não só pelo facto de aplicares bem esta expressão, mas igualmente pela maneira como a dizes! É simplesmente o máximo! Cai-te qualquer coisa da mão: opxxx! Fazes uma “asneirinha”: opxxxx! Sempre seguido de um sorriso maroto que tanto te caracteriza. Demais filha! : - )

Há um mês …

…que não se dorme lá em casa convenientemente. Com esta “nova fase” que mistura enormes birras, terrores nocturnos e insegurança, acordas pelo menos uma vez por noite (chegas a acordar quatro vezes), acordas antes ou perto das 7h00 e não conseguimos que acalmes, pelo menos, o suficiente para dormires descansadamente e nós também. Já não sabemos bem o que fazer… Enfim. Depois, durante o dia, varia: ou dormes igualmente mal a sesta ou dormes bem. Regra geral, isso leva a nova noite horrível ou apenas um sono inquieto… Amo-te muito bebé, mas ando muito cansada…

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Apegada a nós

As últimas semanas têm sido complicadas no que se trata de saber como lidar contigo. Não só pelas imensas birras, mas pelo facto de andares sempre a chamar por nós. A sensação que dá é que tens medo que desapareçamos. As birras podem ser de meio minuto, como de meia hora e são, literalmente, por tudo e por nada – sobretudo por nada! Ainda este fim-de-semana saímos de um restaurante sem sobremesa e/ou café porque gritavas a plenos pulmões embora, agoia, embora, mamã e papá! Fui lá para fora contigo mas querias o pai. Depois foi o pai e querias a mãe. Conclusão, na verdade querias que fossemos juntos, os três, e se um de nós não aparecia ao teu lado de imediato, choravas e gritavas mais ainda de cabeça no ar à nossa procura. Não quiseste comer mais nada senão a sopa e chegava a doer olhar para ti no pranto e nos nervos em que estavas. Tem sido assim. Birras normais nesta idade e o facto de estares sempre a medir até onde podes e deves ir à parte, o que me preocupa é mesmo o receio que demonstras quando um de nós não está presente (ou mesmo a avó M.). Se um de nós sai de casa por uns minutos, começas logo a chorar. Chamas pró nós vezes sem conta e nem sempre te acalmas com a explicação do “porquê de não estar” e com o facto de que “volta num instante”. Para adormecer é onde se nota mais este apego. Será que houve alguma coisa que fizemos que despoletasse esta ansiedade? Não sabemos bem o que fazer. Explicamos-te sempre quando saímos, onde estamos, quando voltamos. Não saímos sem te dizer. Tentamos que nos acompanhes sempre que é possível. Enfim, estamos um pouco perdidos…

Ciúmes

Até agora, não creio que sejas ciumenta. Entre nós os três, se me vês e ao pai a dar beijinhos ou abraços, também queres dar, mas sempre com um sorriso e ar de brincadeira. Com as outras crianças, a única vez que te zangaste foi quando a avó M. pegou ao colo uma bebé pequenina. Ficaste furiosa e amuaste no teu carrinho sentada. De braços cruzados e cara “fechada”. Há uns fins-de-semana atrás o pai brincava contigo e com mais dois miúdos. Começaste por observar muito, mas depressa entraste na brincadeira sem constrangimentos ou amuos. Talvez seja cedo para saber… : - )