terça-feira, 27 de outubro de 2009

Mais conversas

Tu: Olha papá, a chucha nova, tenho ‘ma chucha nova! (Na verdade, sempre que achas uma pela casa passa a ser “nova” – o que é óptimo! :-))
Papá: Gostas da tua chucha?
Tu: Góta!

Tu: Papá ajuda-ME! (já acrescentaste o “me” ao final das palavras)

Tu: Mamã olha chucha!
Eu: Tens de pedir ao pai para a lavar.
Tu: A gritar e a correr: Papá lavar chucha, tem bolacha!

Papá: Margarida então, já acabaste?
Tu: Tou acabar!

A fazeres festas no peito do pai, de manhã, no elevador:
Tu: Papá tão lindo…
Papá: Obrigada filha, tu também estás linda.
Tu: E mamã (a fazeres festas no meu peito)… lol.

Tu: Lago xiu. Lago Margarida não qué baiulho!

Eu: Querida hoje não dá para ver a lua daqui.
Tu: Tá escondida! Papá não conxigo vê lua!

Tu: Papá olha aqui! Olhó vestido!

À noite:
Tu: Mamã paga a luz, axabor.
Tu: Ah, tá escuro, não vê-se nada.
Tu: Papá axabor leitinho.

No jardim:
Tu: ai, ai, o cão tá ladrar!

A jogar a um jogo com a avó M. que consiste em, pelos buracos de uma casa, pôr lá os bonecos dentro:
Tu: Mané é só um!!! (De dedo esticado e depois da avó tentar pôr vários ao mesmo tempo).

Eu: Está quente a sopa filha?
Tu: Não, ‘tá boa.

Enquanto eu me maquilhava:
Tu: Mamã que tás faxer?
Eu: Estou a maquilhar-me, a pôr pinturas.
Tu: Mamã pinturas tão bonita.
Eu: Obrigada meu amor, tão querida!

Enquanto o pai tenta tirar um pouco de gelado para uma taça, estás no colo dele, de olhos arregalados, a salivar e inquieta. O gelado tinha acabado de sair do congelador. Explicámos que teríamos de esperar um pouco, pois o gelado ainda estava muito duro.
Tu: Tá duro, gelado.
Papá: Está muito duro, temos de esperar um bocadinho.
Tu: Esperar…
Papá: Sim, esperar um bocadinho, para o gelado aquecer.
Tu: Pra aquexer…
(O pai tenta tirar um bocado de gelado e gritas)
- Muita bem! Boa papá! Conseguis!
Ahahahah!

No muda fraldas rasguei uma fralda acabadinha de pôr ao puxar com demasiada força o autocolante de um dos lados da mesma:
Eu: Margarida agora foi a mamã que fez uma asneira.
Tu: Mamã fez asneira, mãe não é bonita.
Eu: Pois é. Vou ter de pôr outra fralda nova.
Tu: Falda não funchiciona, pôr falda nova!

Avó M.: Margarida queres fruta?
Tu: Não, obrigada.

Aos pulos no sofá… e aos gritos:
Tu: Mamã olha pa mim! Papá olha pa mim!
Nós: Estamos a olhar para ti, estamos a ver.
Tu: Olha pa mim!!!

O pai chega a casa…
Papá: Olá filha, estás a jantar?
Tu: Papá já comi sopa, agora é carninha.
Enquanto comes a carne:
Tu: É bom, é bom. Mais.

Eu: Gui vamos ver se o papá já está em casa ou se vamos nós buscá-lo.
Chegadas a casa:
Tu: Já chegámos, pimeiro!

Excitadíssima, a correr disparada do teu quarto para a sala, a gritar:
Tu: Oh, o guijo do nonny, perdeu, perdeu, tem de procurar!

À noite, no teu quarto, a empatares para não ires dormir, fizeste o pai tirar todosssss os bonecos das prateleiras:
Tu: O palhaço com a fotogafia na paia, a aieia, é a magaída; o urso, o coelhinho, a bola, o panda, a bonheca Joana, o bebé que tá chorar, a girafa…
Depois sais da cama e deitas-te no chão, em cima do tapete:
Tu: A Margarida tá domir, olha mamã. (de olhos fechados). Acodei! (abrindo os olhos).
Voltaste a subir para a cama e depois lembraste-te…
Tu: Qué ir pó chão, lavá dentinhos, tá escuro, abrir luz mamã.

Eu: Margarida vai ver quem está na sala.
Tu: (depois de ouvires a voz da “tia” S.) Shusana, Shusana!
Eu: Vai lá dar-lhe um beijinho.
Tu: (de cabeça baixa, à porta da sala, cheia de vergonha)
“Tia” S.: Dás-me um abraço – tu deste. Dás-me outro? - deste outro.
Mais tarde:
Eu: Margarida vamos dormir?
Tu: Não.
Eu: Está na hora de ir dormir, dá um beijinho à mamã.
Tu: (Deste um beijinho e um abraço e foste ter com o papá para lhe dares também).
Papá: O pai vai contigo deitar-te.
Tu: Papá beijinho – e deste na mesma.
Depois encaminhaste-te até ao quarto e pelo caminho tiraste a chucha da boca, olhaste para mim e para a “tia” S. e disseste: boa noite, voltando a pôr a chucha na boca.

Tu: Olha papá, chazinho. Mamã fez.
Papá: Ai que bom, a mamã fez-te chazinho.
Tu: Margarida ajudou, com água, mexer a colher.

Nenhum comentário: