quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Será?

Eu acredito que sim. Acredito que as mães são mães e pronto. Ser mãe é muito complexo. Acontece muitas vezes antes de uma gravidez, outras durante uma gravidez e a maioria delas depois de nascer o bebé, provavelmente. Mas ser mãe não dá para descrever em palavras. Pelo menos em algumas centenas dela apenas. Ontem, uma amiga deixou-me escrito num e-mail: Gosto muito de ler o teu blog... Identifico-me muito. Eu acho que os sentimentos das mães são todos iguais. há algo de inexplicável, quase que surreal que transborda do nosso coração. A I. é mãe, como eu. Eu entendo-a e, na verdade, fico feliz. Aqui partilho contigo o que me vai na alma, o teu crescimento, as tuas descobertas, os nossos sentimentos e as aventuras do dia-a-dia, mas a verdade é que é também um desabafo constante, uma maneira de comunicar contigo e não só. A I. e eu parecemo-nos bastante. Digo, nisto de ser mãe. Nisto de acharmos que é uma filosofia de vida, um caminho, o caminho, a seguir, a felicidade presente e futura. Li o que ela me escreveu e sorri, fiquei contente. Mas à noite as suas palavras voltaram, a propósito de uma série que vi. Eu concordo, sim, claro que sim. Mas fica por explicar tantas e tão diversas maneiras que muitas mães têm de pôr à prova aquilo que para mim é óbvio: este sentimento de amor incondicional por um filho. As atrocidades de que tomamos conhecimento com tanta frequência vêm de mães, como nós. De mães que as cometem com e nos próprios filhos. Como explicamos isso? São mães, como nós! Eu acredito. Eu quero acreditar. Será?

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