sábado, 6 de fevereiro de 2010

Mais das tuas...

Depois do banho estavas eléctrica e era humanamente impossível conseguir vestir-te… Fiz-te um “olhar 33”, daqueles que dizem tudo, no caso, Margarida já chega de saltos! Olhaste para mim, sorriste, abraçaste-me e disseste:

- Mamã eu sou tua amiga.


Enquanto os três líamos um livro sobre os diversos tamanhos, o pai dizia:

Papá: O papá é enorme. A Margarida é minúscula…

Tu: A mamã é media.


Depois de almoço:

Papá: Margarida posso ir comer uma laranja, daixas-me?

Como não te interessava parar a brincadeira

Tu: Não papá, depois de jantar!


No quarto na brincadeira sais-te com…

- A minha casa é muito bonita.

Ainda bem, estamos de acordo! :-)


O pai fazia-te muitas cócegas. Estavas excitadíssima, aos gritos e às gargalhadas. De vez em quando apelavas…

- Calma.


Em casa da avó M., em jeito de aviso à navegação, gritaste:

- Mané, vou fazer cocó!!!


Eu: Margarida vamos fazer um desenho.

Tu: Não, eu já fazi.


Eu estava sentada no sofá com dores de barriga, próprias das senhoras. Tu estavas ao meu lado e o pai também, a folhear um livro.

Tu: Não fiques tiste mamã (e vieste dar-me um abraço).

Eu: Não filha, doi-me um bocadinho a barriga.

Tu: Doi-te mamã?

Eu: Sim.

Tu: É do chocolate, como ó rechonchudo.

(há um episódio do Noddy em que o urso rechoncgudo come muito chocolate e fica com dores de barriga)

Eu: Ai sim?

Tu: Eu não góto de chocolate.

Ora aqui está uma novidade! :-) Não gostas é pouco!


Eu: Essa peça não é cor-de-rosa! É amarela não é?

Tu: Xim, a minha camijola é cor-de-rosa.

Eu: Ah, pois é, isso mesmo.

Tu: É a minha pefeída.

Pirosa! Lol!


A brincarmos com os legos.

Tu: Esta peça é a maior.

E não é que acertaste! Era a maior das muitas que tinhas nas mãos.


No carro. Eu à frente, tu na tua cadeirinha atrás.

Tu: Mamã qué um pejente.

Eu não percebi logo e respondi:

Eu: Um beijinho?

Tu: Não mamã, não quéio beijinhos, tou no carro. Não pode dar beijinhos, tou no carro.

Eu: Pois tens toda a razão, no carro não dá jeito nenhum… Quando sairmos do carro damos beijinhos.

Tu: Está bem.

Eu: Então o que é que estavas a dizer?

Tu: Quéio um pejente, pó avô.

Eu: Ah, o avô faz anos, tens razão, temos aqui um presente para ele, não te preocupes.


O pai pediu-te qualquer coisa.

- Pai tou ocupada a fazer constuções.


No carro com o pai depois de uma aula de ginástica em que fizeste birras deste que entraste até que saíste, sem usufruir nada da aula… O pai estava cabisbaixo, cansado e dizia-te que não podias portar-te assim, tinhas deixar de fazer birras

- Agora tou feliz, não choro mais. O papá gota muito de mim.


Depois de uma anorme birra em casa…

Tu: A mamã tá tiste.

Papá: Pois está. Só fazes birras.

Tu: Mas eu goto dela…


O pai conversava contigo na enésima tentativa de te convencer a dares as tuas chuchas…

Papá: Já viste o Ruca de chucha?

Tu: Não.

Papá: Pois não. Já viste a Manon de chucha?

Tu: Não.

Papá: E o Noddy, já o viste de chucha?

Como a conversa não estava do teu agrado respondes

Tu: Aaaaa… Aqui está ele!

Apontando para o ar. Lol! Boa tentative filha!


Acordaste da sesta em casa da avó M. Estavas na cama e não querias sair.

Avó: Anda Margarida, vamos vestir-te.

Tu: Não quéio.

A avó ficou por ali, sem insistir.

Tu: Avó, tenho frio.


São muitas em vezes em que vens ter connosco e dizes:

- Goto de ti papá! Goto de ti mamã!


No dia de anos da avó M., ao telefone:

- Tá lá? Avó M. és tu? Parabéns avó! Até logo, adeus!


De pijama e robe depois do banhinho:

- Papá olha pa mim, estou quentinha!


Na conversa de largar a chucha:

- A Melba não pecisa das minhas chuchas, são minhas, não lhe dou. Quando ela quiser eu dou depois.


Antes de saires de casa:

- Hoje não pejiso da minha capa, quéio o casaco branco.

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