quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Beijoqueira

Sempre foste. Desde que aprendeste a mandar beijinhos com a mãozinha a tocar na boca ou a encostar os lábios ternos às nossas bochechas que fizeste uso dessa descoberta amiúde. És meiguinha. Gostas mesmo de dar e/ou receber um abraço, um beijo, uma festinha. Pedes beijos e dá-los sem pedido. Abordas-nos só para um mimo, sem com isso não quereres nada mais em troca. É reconfortante, lindo, apixonante, gratificante. É a tua maneira de dizer que gostas de nós, que te tratamos bem, que te sentes feliz. E atenção que também com frequência dizes góto de ti! Ultimamente percebeste que também podes usar os teus mimos, não obstantes sinceros e desejados, como um pedido de desculpa, uma tentativa de levar a tua vontade ou objectivo avante. Sim, é natural, não demorou muito a perceberes isso. Não te condeno. Sobretudo porque do nosso lado e perante o teu ar doce, os teus braços esticados e a tua boquinha em tom de pintainho, o sentimento é simples: irresistível. A semana passada, estavas na banheira, rodeada de muita água, patos de borracha e uma variada série de animais da quinta. Eu, ajoalhada, olhava-te do lado de fora. Brincavas, depois de eu te ter ensaboado e lavado a cabeça. Mamã, quéio um beijinho. Assim. Sem mais. Agarraste e eu envolvi-te com os meus braços. A descoberta foi minha: os teus beijinhos cresceram, evoluíram, estão mais sofisticados, diferentes, ainda mais saborosos (não achei que fosse possível). São demorados, molham a nossa cara, mas fazem barulho e tudo. Adorei. Estás a crescer. Estás diferente. Continuas a minha bebé meiga. Continuas tu. Que bom…

Um comentário:

Marília disse...

Estes miminhos são tão boonnnssss!!
Eu derreto-me toda sempre que a Leonor me dá um beijinho, festinha ou xi-coração.