Foi mágico. Sinceramente. Ver-te correr para a árvore e, qual duende ajudante do Pai Natal, trazer um presente de cada vez, sentares-te ao colo da pima e pacientemente rasgares cada embrulho… Enfim, ficará gravado na minha memória, sem dúvida. A excitação era evidente, imensa. Quando o presente não era para ti, o ar de felicidade e o suspense mesmo anterior à total revelação do que ali surgiria, era o mesmo. Quando o embrulho tinha o teu nome a inspiração do ar que continhas uns segundos, era seguida de enorme sorriso, gritinhos e uma excitação ainda maior. Assim que percebias que o presente não era adequado às tuas fantasias, desejos ou necessidades, olhavas para nós à espera que te dissessemos a quem o deverias entregar. E lá ías. Saltavas do colo da prima e corrias a entregá-lo. Toma, é pa ti!!! – gritavas.
Dia 20 um dia em cheio, repleto de amigos, presentes, doces e excitação. Dia 24 voltámos à magia, desta vez, do Natal. Em casa da avó M. e do avô F. e, nessa mesma noite, nova ronda de presentes, jantar e ceia, em casa do avô J. e da C. O primo foi um bónus, digamos assim. Nada melhor que, com dois aninhos frescos, descobrires o encanto do Natal, das luzes, da árvore, da magia e o prazer de saber o que se esconde em cada caixa e embrulho, juntamente com o primo de 4 anos, o teu mais-que-tudo da família, não fosse ele dar-te sempre muita atenção, brincarem juntos e serem os mais pequeninos das duas famílias. Os dias seguintes, foram dias completos de brincadeira, para conhecer cada presente a fundo e o seu potencial. Dos legos da kitty, à caixa registadora do supermercado, aos livros e jogos. Adorei este Natal. Adoraste. Adorámos. Foi mágico.
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