quarta-feira, 8 de outubro de 2008

De dia para dia… 03102008

Embora os teus entretenimentos favoritos continuem a ser, por um lado, andares em pé agarrada a tudo, de um lado para o outro e a grande velocidade e, por outro, arrancares tudo o que são cantos protectores dos móveis a que tens “acesso”, a tua evolução motora é notória e vai muito para além disso. Vê-se sobretudo nas tuas brincadeiras e na maneira de lidares com o que te rodeia. Como te acompanho diariamente, há coisas que me passam despercebidas. Por vezes, só lendo um artigo ou um capítulo de um “livro da área” é que me apercebo que já fazes isto ou aquilo.

Por exemplo, notei que nas duas últimas semanas já encaixas os brinquedos dentro dos outros com facilidade. Já não te limitas a atirá-los a ver se acertam dentro da caixa ou de um brinquedo para o efeito. Agora pegas e com atenção colocas dentro.

Quando estás divertida a andar de um lado para o outro, já rodas sobre ti própria quase na totalidade, ora deixando uma mão de segurança agarrada ao sofá ou ao móvel, ora lançando-te na aventura que é estar de pé sem qualquer apoio. Aliás, esta última é de facto a mais evidente ultimamente: ficas de pé, de braços meio no ar, pernas um pouco afastada durante bastante tempo, feliz e divertida por estares de pé sozinha e sem cair. Muitas vezes cais, a dada altura, de rabo no chão. Mas muitas outras não cais, sentas-te devagarinho. Também amiúde te encontro sentada, com as pernas para trás, o rabo em cima destas e dos pés, de joelhos no chão. Também não te incomodas muito se, nesta posição, uma perna fica para a frente e outra para trás, mas regra geral ajeitas-te, sentando-te normalmente.

Cada vez mais te interessas pelos sons, do que quer seja, sobretudo os que são novidade. O mesmo acontece com tudo o que te rodeia: novos objectos ou coisas despertam o teu interesse. Levas também muito mais longe a exploração de coisas que já te são familiares. Por exemplo: adoras olhar para a sanita quando puxo o autoclismo. LOL! Ficas radiante quando te chamo, te pego ao colo e vês a água descer ouvindo o seu barulho. É uma autêntica diversão, como aliás tudo o que envolva água e o seu som. Bebes cada palavra nossa, sobretudo as entoações, escutas com ainda mais atenção, estás cada vez mais curiosa quando, na verdade, já nasceste cheia de curiosidade, nítida na tua total concentração nas coisas e nesses olhos tão expressivos.

Adoras passar a pente fino as nossas mesas-de-cabeceira todos os dias de manhã, muito embora já saibas perfeitamente o que lá está em cima. Chaves e puxadores, sobretudo as chaves do móvel baixinho do corredor que consegues tirar depois de algum empenho, deixam-te igualmente satisfeita e com ar de “missão cumprida” quando os consegues tirar ou puxar, quase todos os dias. Sempre que te lembras, pões-te em pé junto à janela da varanda da sala, encostada ao vidro. Serve para olhares para a rua – que adoras – para bateres no vidro com as mãos divertidamente e para treinares o teu principal objectivo do momento: estar em pé sem apoio. Gatinhas pela casa fora, normalmente a grande velocidade, detendo-te pelo caminho nos teus pontos de interesse: os batentes das portas; os puxadores e as chaves; a casa de banho (que além do autoclismo tem a banheira par atirares os teus bonecos e vê-los escorregar e, por fim, ficarem estáticos “lá em baixo); as nossas mesas-de-cabeceira; o teu quarto (nomeadamente a arca, o puff e as prateleiras mais baixinhas – “varres” tudo : - )! ); os vidros e móveis da sala e, finalmente, a máquina de lavar roupa, na cozinha.

“Conversas” imenso. Aliás, “falas” o dia inteiro. O teu leque de sons é cada vez mais variado e divertido, até para nós. Desde sopros a novas vogais e consoantes que vais introduzindo, a pouco e pouco começas a utilizar o alfabeto inteiro. Dizes com clareza uma ou duas palavras, como mamã, papá, papa e, segundo a prima I., cucu! Muito embora lances as palavras ao acaso. Hoje ouvi-te nitidamente dizer então. À primeira pensei que estava a delirar, mas repetiste-o ao longo do dia umas 4 ou 5 vezes, pelo que, pude confirmar.

A vestir-te e a despir-te, muito embora gostes cada vez menos do ritual, já ajudas. Ora levantas um braço, ora o outro e, depois dos dois, baixas a cabeça para sair a camisola. É demais! Finalmente (sendo certo que provavelmente me estou a esquecer de muitos outros pormenores), cada vez gostas mais de música e de dançar. Quando te dizemos “dança”, abanas-te toda para trás e para a frente, com a cabeça e o rabiosque. Se estiveres a ouvir música ou cantarmos, nem é preciso pedir-te que dances: olhamos para ti e já estás toda divertida. : - )

Nenhum comentário: