sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Ser mãe é...

Sentir o meu coração do tamanho de um tremoço ao ver-te entupida, com dificuldade em respirar... Ao não conseguir evitar fazer horríveis filmes mentais: se vais piorar, se vai ser necessário aerossóis, medicamentos, ir ao hospital...ainda só tens quase dois meses. Nesse dia à noite, depois de mamares bastante, embora com dificuldade, acordaste uma hora depois e, ao colo do pai na sala, vomitaste em três golfadas tudo o que tinhas ingerido. O meu coração apertou ainda mais. E as lágrimas subiam aos meus olhos quando, nos intervalos do teu mau estar, sorrias e sorrias. Dois dias depois, e uma vez que nunca tiveste febre, lá fomos às vacinas. Tive esperança que reagisses como a mana reagiu até praticamente um ano de idade: um choro quase imperceptível segundos depois da vacina ser dada; assim que se apercebia, já tinha passado. Mas não. Choraste em ambas, a plenos pulmões. Estavas ao colo do pai e eu fiquei afastada, a conversar, tentando distrair-me. Foi inútil. Ouvi cada gritinho, cada gemido até ao fim. E pensar que até fazeres um ano, todos os meses terás de levar...

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