quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Chuchar no dedo


Vais pondo os dedos na boca. És um bebé. Tens fome, levas os dedos à boca. Queres arrotar, levas os dedos à boca. Até quando queres fazer cocó e está difícil, levas os dedos à boca. Até aqui, tudo normal. Já adormeceste – que tenhamos dado conta – quatro vezes com o dedo na boca (entre o polegar e o indicador...) e, chucha? Nem vê-la. Se a aceitaste tinhas uma semana ou duas e contam-se pelos dedos de uma mão as vezes e os minutos que ela se manteve na tua boca... Aqui, começo a temer, lá muito ao fundo, no meu subconsciente. Um belo dia a avó M., vendo-te a lutar freneticamente para conseguires chuchar no dedo enquanto refilavas de sono só me diz: sabes, foi assim que tu começaste. Um dia lá acertaste e... E chuchei no dedo até aos sete anos (seria o resto da frase). Medooooooooo Maria... Muito medo. 

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