quarta-feira, 16 de março de 2011

O meu papá, ai o meu papá...


Na véspera de Carnaval fomos as duas ter com o pai – que trabalhou – para almoçarmos com ele. Fomos e viemos sem chuva, apesar de o sol não espreitar. Chegadas de volta a casa começou uma chuva torrencial. Daquele repentina, audível, forte, grossa, de nos cegar a visão para o outro lado da estrada. Peguei em ti ao colo e disse-te:
- Margarida, espreita. Já viste esta chuva? Tão forte, tão grossa! Do que nos livrámos.
Olhaste com ar curioso e disseste:
- Ai coitadinho do papá, como é que ele agora vem para casa?! Vai-se molhar todo!!!

Tu e o pai sentados no sofá a ver uns animados da Disney. A cena começa a ficar empolgada, creio que eram os 101 dálmatas que estavam a ser perseguidos pela terrível Cruela. Pões as mãos à frente dos olhos e dizes um pouco aflita: - Ai pai é melhor não vermos isto…

De manhã, quando o pai se está a vestir, saltas para cima da nossa cama e perguntas muito contente: pai, posso escolher a tua gravata? Posso?! E escolhes mesmo, pois claro. Antes de a pôr o pai faz-me sinal e espera a minha aprovação. Quando eu já saí, não sei se se limita a confiar, mas acho bem eheheh.

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