terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Crescida sim, mas ainda criança

É comum depreendermos por milésimo de segundo que entendes tu, apreendes, compreendes. Tudo o que te dizemos ou transmitimos, ou explicamos. Mas a verdade é que, não obstante o teu ar entendido, a tua automática repetição do explicado, no momento e mais tarde, não é bem assim. Afinal, só agora fizeste três anos! És uma criança. Para mim és, aliás, o meu bebé. Não me entendas mal: cresce e abre as asas, voa! Mas és o meu bebé. Ainda és. Ainda o sinto, assim te vejo, assim te olho muitas vejas. Falas tão bem, aplicas sem erro o que sabes e segues raciocínios como ninguém, interrogas até estar tudo muito claro para ti (normalmente os interrogatórios são exaustivos) – desde cedo, expressas-te tão bem, evoluíste estrondosamente desde que entraste para o Colégio nestes campos (e também ao nível motor e ao nível social e cognitivo, claro) que é de facto muitas vezes difícil pensar que o nosso bebé pode não estar a entender algo exactamente como o estamos a transmitir, ou desejaríamos. Quando realizamos, por alguma coisa que dizes ou algo que fazes, o nosso sorriso é franco. Sorrimos por seres ainda a nossa bebé, por não estares assim TÃO crescida, por ser natural que ainda não chegues “lá”, por sermos uns pais que presumem erradamente (afinal somos completamente inexperientes)…

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