segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Arrumações de fim-de-época

És uma miúda porreira. A sério. Porreira. Exceptuando as birras que fazes ultimamente por tudo e por nada para, simplesmente, mostrares que és tu quem manda e não nós, és uma miúda porreira, uma criança alegre, simpática, amiga, meiga, não complicas, és independente e safas-te sempre, nem que dês umas voltas jeitosas (seja num jogo ou numa conversa). Tivemos sorte. Sinceramente. É claro que és a nossa filha e nós amamos-te muito. Claro, sim. Porque de facto é inerente ao estado de mãe e de pai este amor incondicional. Mas a verdade é que o podias continuar a ser a nossa mais-que-tudo e ser uma miúda piegas, complicadinha, trombuda… mas não és. Lembrei-me disto a propósito do fim-de-semana (logo depois do dia dos reis) em que te anunciei que era altura de desfazer a árvore de Natal e arrumar a “tralha” natalícia lá em casa. Confesso que, não obstante conhecer-te já bastante bem, esperei aquela reacção de espanto, seguida de umas lágrimas de “enorme injustiça”! Enganei-me. Limitaste-te a arregalar-me os teus enormes olhos enquanto perguntavas porquê mamã? Eu respondi: chegado o dia dos Reis podemos dizer adeus ao presépio e deixar o Pai Natal descansar. Com tantos presentes distribuídos pelo Mundo ele tem muito que recuperar. Agora é altura de guardarmos tudo para em Dezembro, no próximo Natal, termos tudo nesta caixa e podermos decorar tudo outra vez e ser de novo muito giro!!! Ficaste uns momentos pensativa. Depois acrescentei: ajudas a mamã a desmanchar a árvore e a arrumar tudo? Sim!!! – gritaste contente. E pronto. Passámos um bom bocado novamente. Foi tão entusiasmante para ti encher o pinheiro de brilho, como guardar estrelas e anjos na caixa. Somos de facto uns pais com sorte, não tenho dúvidas. :-) 

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