sábado, 28 de fevereiro de 2009

Dia Vinte

Dia 20 fizeste 14 meses. É costume dar-se mais importância a determinadas datas: os 6 meses, os 12, os 15, os 18… Os seis meses de facto são fulcrais. A partir dessa altura, começaste a interagir muitíssimo mais. Mas desde então, cada mês é para mim marcante. As novidades são imensas e, mesmo que umas sejam mais significativas que outras (como gatinhar, andar, falar, apontar…), a verdade é que, a cada mês que passa a tua evolução é notória e fantástica. Também dos 13 aos 14 meses a evolução é visível. Já fizeste 14 meses. Já és muito independente, continuas muito meiguinha, és uma autêntica “gralha”, desenvencilhada, divertida, simpática, sorridente, preocupada com os outros, sociável, e muito dada a correrias, ginástica e brincadeiras. Já fizeste 14 meses. Para mim, é uma data a “assinalar”, como outra qualquer; como qualquer dia em que alcanças novos horizontes, em que conquistas ou aprendes algo novo.
Às vezes, penso em ter outro bebé. Questões financeiras à parte, a estes pensamentos seguem-se de imediato os receios: o tempo, a atenção, o carinho que poderás sentir que te falta. Sentires que nós te faltamos. Então, a ideia desvanecesse, os pensamentos evaporam-se. Não entendas mal, eu gostava mesmo de ter mais filhos, de te dar, pelo menos, um irmão/ã. Posso deixar-te, ainda que prematuramente, uma certeza: eu tenho um coração, que bate todos os dias, que me alimenta e dá vida, que contem tudo o que há de bom e menos bom em mim, que encerra o amor infinito que sinto por ti, pelo papá e por tantas outras pessoas. Mas dentro dele, tenho dois, de igual tamanho: um é só teu, o outro é só do papá. Quando tiveres um irmãozinho/a, juntamente com o bebé que crescerá na minha barriga, vai nascer e crescer um outro coração, que ficará do mesmo tamanho que o teu. Este será do novo bebé. Assim, nunca haverá falta de amor para ti, nem para ele, nem para o papá. Todos têm a mesma capacidade, carinho, amor, paciência, devoção, alegria, preocupação. Enfim, tudo. Nunca o vou dividir, porque nunca vai ser preciso. Tu és e serás sempre tão importante para mim… Tu és e serás sempre o meu anjinho.
De há uns meses para cá, que essa vontade não urge, mas já se mostra em mim de quando em vez. Todavia, idealmente só gostaria de engravidar daqui a um ano ou dois. Como vai ser, não sei. Sei que neste momento, tenho-te a ti e, se por um acaso do destino, fosses para sempre a minha única filha, eu posso dizer-te, sem cair na mentira, que já seria uma mulher, uma mãe, uma pessoa feliz, completa e realizada. Bem, cada coisa a seu tempo.
Parabéns meu bebé pelos teus catorze meses.

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