sábado, 28 de agosto de 2010

Saídas nestas Férias




Eu: A mãe deixa-te ir ao escorrega depois de fazeres xixi. Combinado.
Ponderaste a proposta durante uns minutos...
Tu: Mamã eu quando tiver vontade eu pedo ao pai, combinado?

Eu: Margarida vá lá, dá o último mergulho para irmos almoçar.
Tu: Mamã?
Eu: Sim.
Tu: Desculpa, ainda não quero almoçar.

Na praia a explicares a uma menina que olhava para a barriga (de grávida) da nossa amiga J.
- É a Madalena. Está ali a dormir, mas tá quase a sair.

Tu: Papá o que é esta coisa?
Papá: Qual?
Tu: Esta, cá dentro que eu provei?
Papá: Era bolo de amêndoa.
Tu: É bom!

Tu: Podemos ir aos baloiços, podemos?
Eu: Vamos depois de jantar. Agora vamos para a praia. Está calor e temos lá todos os nossos amigos à espera.
Tu: Mas eu quero ir agora!
Eu: Então logo hoje que podias comer a bola de Berlim.
Tu: Não acho nada bem...

Tu: Fui dar beijinho de boa noite ao pai.
Eu: Fizeste muito bem.
Tu: O papá adora beijinhos!

Papá: Margarida já te disse que não quero que mexas no computador.
Tu: Papá tu fechaste mal o computador, eu decidi bem!

Eu: Já podes ir andando para a água filha.
Tu: Mas mamã, assim eu perdo-me.

Depois de uma ida (falhada) à casa de banho, voltámos para os toldos. Chegaste ao pé do teu amiguinho e disseste bem alto:
- Olha Diogo já fiz cocó. No meu fato de banho. Acontexe!

Partilhar a casa de banho:
- Boa mamã! Que xixi gande!

Eu: Corre, corre. Vamos à casa de banho, esta está vaga.
Tu: Eu sou uma senhora, vou à casa de banho das senhoras.
Eu: Ah, claro filha, obviamente.
Tu: Vês mamã, a boneca cor-de-rosa de saia é das senhoras, o boneco com a saia azul é dos senhores.
Eu: Calções Gui, o boneco tem uns calções.

Acabada de acordar de uma sesta na praia, puxaste-me pelo pescoço para ao pé de ti. Enquanto me apertavas dizias o que costumas ouvir... bebézinha da mãe, mimocas, coisa boa!

Tu: Mamã compas-me uma pancha da kitty para eu surfar?
Eu: Como é??
Tu: Sim mamã, ali nas ondas!

Uma noite, ao teu lado antes de adormeceres comecei a dar-te muitos, muitos beijinhos. Passados uns minutos pensei que devias estar quase a afastar-me e parei. Ao invés, ouvi-te baixinho:
- Mamã eu gosto de beijinhos...

Tu: Vamos pó escorrega mamã!
Eu: Vamos daqui a pouco. Primeiro eu e o pai temos de acabar de jantar.
Tu: Mas eu também não!



Tu: Mamã o que aquele menino disse?
Eu: Também não sei dizer. Sabes, ele fala uma língua diferente da nossa, holandês.
Tu: Mamã o que tu disseste?
Eu: Eu estava a dizer-te que não o entendemos porque ele não fala português como nós, não fala a nossa língua. É como o inglês, lembras-te?
Tu: Sim.
Eu: Pois, é isso. Como não sabemos holandês não o entendemos.
...
Tu: O pato Donald fala inglês pois é mamã? É como a Dora que fala inglês. I’m Dora. I’m Margarida.
Eu: É isso mesmo filha! Bem, quer dizer, é isso, excepto a parte do Donald...

- Não acho graça. Tou zangada. Eu tenho chapéu e tu e o pai não!
Bem visto filha.

Antes de adormeceres comigo ao teu lado, tiraste a chucha e disseste:
- Mamã és a maior...

Na praia pediste a tralha do costume. Fui contigo a casinha dos banheiros onde estão todos os brinquedos de dos meninos que vão àquela praia. Tirei de lá baldes, pás e etc.
- Mamã falta o barco.
- Tens razão, falta o barco.
Olhei lá para dentro e vi que tinha de passar por pranchas, piscinas, barcos enormes e muitas outras coisas para alcançar o teu barco. Suspirei e lá fui. Quando apareci de barco na mão tive logo a recompensa:
- Mamã és mesmo tão corajosa!

Irritaste-te com qualquer coisa e deste uma palmada no braço do pai. O pai não gostou nada e disse-te. Baixaste a cabeça uns segundos. Depois olhaste para ele:
-Papá desculpa, não devia ter feito isso...

Eu: Dás-me um bocadinho da tua bola de berlim filha?
Tu: Dou.
(trinquinha)
Tu: Oh mamã, menosssss!

Olha Diogo vês, comi tês colheres de iogurte e agora tenho uma bolinha belim!

Os três sentados na espreguiçadeira. Observavas.
Tu: O pai é grande.
Eu: E tu?
Tu: Eu sou pequenina.
Eu: E eu?
Tu: És grande.
Eu: Sou grande como o pai?
Tu: Não mamã! És media!
Ah bom...

Sabias o nome do teu amiguinho, mas não dos pais dele. Como não te deixas ficar atrás, para ti são raros os momentos de “aperto”:
Pai do Diogo: Que castelo tão giro que estás a fazer Diogo.
Tu: Olha eu, olha, olha oh oh oh ... pai...

A brincares ao colo do pai:
- Papá não deixes-me cair que eu parto-me toda!

Eu: Margarida queres melão?
Tu: Quero. Touxeste talheres mamã?
Eu: Esqueci-me.
Tu: Não faz mal mamã, comemos à mão!
Obrigada pela compreensão filha...

- Poxo comer bolacha amaricana, poxo?

Atiraste um creme para o chão que me acertou no pé:
- Desculpa mamã. Já paxou. Foi de popósito tá bem.
Lol, sem querer era o que querias ter dito.

- Vamos embora (da praia) mamã. Vamos ao escorrega, hoje tá muito ventoso.

Eu: Margarida não subas para cima da cadeira que podes cair.
Tu: Tás a bincar ou quê mamã?

Eu: Margarida antes da bolacha comes o iogurte.
Tu: Deixa-me! Sai! Não inventes!

Quiseste um epá. Ok, sai um epá. Perguntei-te se não querias um Perna de Pau, porque tinha um bocadinho de chocolate. A tua resposta foi pronta e clara, não querias chocolate, não te apetecia. Ok. Para mim trouxe um Magnum.
Chegadas à toalha, assim que viste o Magnum puseste o epá de parte:
- Já não qué mais mamã.
- Como assim, ainda não comeste nada!
- Quero o teu mamã.
- Ora essa...
- Vês mamã, partilhar!
Pois claro, desde que a partilha seja minha.

Tivemos a ousadia de passar por cima de um dos teus castelos de areia…
- Então meu!

Eu: Margarida vê lá se queres ficar de castigo!
Tu: Vê lá tu se queres!
Eu: Mau, mau, não respondes à mãe.
Tu: Tu também não respondes.
Começas cedo, começas... : - )

Tu: Mamã bebe o teu café!
Eu: Eu já bebi o meu café.
Tu: Não bebeste nada, tás a gozar ou quê mamã?!

A caminho de casa depois da praia, excitadíssima a contares ao pai:
- Papá eu vi um cavalinho. Quando tava sol. Eu vi um cavalinho. Quando tava na praia. Eu vi um cavalinho. Quando tinha os pés com areia. Eu vi um cavalinho.
Um cavalinho não ficámos com dúvidas que viste...

Tu: Poça!
Eu e papá: Margarida essa palavra não se diz, é feia.
Tu: A avó M. disse.
Eu: Ah... isso foi uma vez que ela estava muito zangada e saiu-lhe.
Tu: Vou dizer à avó M. p anão dizer poça que é feio. Vou dizer.

- Lua onde estás tu? Onde andas tu marota? Hum? Onde te escondete? Hum?
Demais!!!



Mar com algumas ondas não te acanha, mas deve dar aquele arrepio na barriga... : - )
- Calmex ondas!!!

- Papá toma a cana para piscares. A ver se tu consegues.

Em andanças com os legos de um lado para o outro:
Não tenho mais velocidade para fazer esta tarefa. Papá ajuda-me.
Aí não pai, não ponhas aí que senão eu fico triste.

Tu: Poxo mexer o teu café mamã?
Eu: Podes.
Tu: Quando eu for quexida também posso beber café! Pois é?
Eu: Sim.
Tu: E andar de patins!
Ok, nada a ver...

Na sala, depois de jantares, estavas a brincar no sofá. Eu e o pai sentámo-nos à mesa de jantar para começarmos nós a comer.
Tu: Eu já vou.
Eu: Deixa-te estar aí a brincar filha, que estás bem.
Tu: Não, eu já vou. Já vou sentar-me ao pé de vocês e comer também. Não comam tudo, tá bem?!
Coitadinha da minha filha que é tão mal alimentada.......

Avó M: Margarida! Não comas tão depressa!
Queres mais massa é?
Tu: M., mais masse e carninha!

A caminho da praia:
Tu: Mamã qué ir surfar!
Eu: Queres o quê?
Tu: Surfar!
Eu: Bem, ok, mas sabes o que isso é?
Tu: Pexiso de uma prancha. Colorida e que tenha verde!

Papá: Margarida não podes comer muitos doces, senão ficas com buracos nos dentes.
Tu: Papá nascem outros!

- Eu consigo me despir-me papá, eu já sou quexida!

O pai bocejou:
Tu: Papá porque é que tás cansado?
Papá: Estive a trabalhar.
Tu: Tens que dormir mais papá...

Fomos ao escritório do pai visitá-lo. À saída do enquanto subíamos as escadas falavas sozinha:
- O papá vai ficar tão contente! Eu tou tão gira!

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