domingo, 6 de fevereiro de 2011

A cola


Sabias que quando o tio J. foi lá a casa fechar-te o golpe com cola, deixou lá um tudo de cola com validade até ao final do ano? Explicou que não é uma questão de ser pessimista mas sim prático. E que pode ele não estar no hospital ou não ter maneira de arranjar. E que não há-de acontecer nada, mas que por via das dúvidas, tendo em conta como tu és, disse ele… Sabias que eu quis, quis mesmo, dizer veemente que não, que ele que não deixasse coisa nenhuma que não havia de ser preciso… e no momento de dizer olhei para ti e não me saiu qualquer palavra. Limitei-me a agradecer passados uns momentos e a guardar o tudo de cola. Agora sempre que olho para o dito tudo de cola sinto um pequeno conforto seguido de um imediato calafrio…

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