Eu, incrédula, do outro lado do telefone (a conversa foi mais ou menos esta):
Eu: S. viu a tartaruga da Margarida.
S.: Sim, sim, está no quarto dela.
Eu: Ah, não, não é uma tartaruga brinquedo, é a verdadeira… a que estava no aquário.
S.: Sim, essa. Encontrei-a no quarto da Margarida, entre o cesto branco dos brinquedos e a caixinha verde.
Eu: … ah… desculpe, estou um bocado espantada… como é que a tartaruga saía do aquário sozinha…? Já a vimos tentar e… nem por sombras…
S.: Pois não sei, mas estava lá.
Eu: (Já a ficar um bocado passada) Então e quando a viu não a pôs no aquário porquê?
S.: Achei que era para a Margarida brincar.
Eu: Então e mudou a água ao aquário…
S.: Ah sim, aproveitei que a tartaruga não estava lá e mudei…
Eu: A, ok. Pronto… Então vou procurar… ?!
S.: Sim, procure, procure.
Completamente relutante lá fomos as duas procurar a tua tartaruga no quarto. Enquanto eu afastava as coisas pensava… “mas porque é que a S. não diz logo que deixou cair a bicha caiu e… pronto, foi-se?!!!” Tu dizias: que marota, onde é que ela se escondeu e chamavas por ela a rir enquanto procurávamos. Foi dar um passeio ela mamã! Pois, é isso, um enooooooorme passeio, pensava eu... Quando o pai chegou a casa ligou ele à S. e a versão foi exactamente a mesma, com um pequeno detalhe acrescido: “eu quase que a aspirei! Procure, procure que vai encontrar a bichinha”. Obviamente que não encontrámos nada. No dia seguinte de manhã cedo, estavas com o papá na sala e dizes muito excitada: olha papá, a tartaruga! O pai achou que estavas a sonhar ou a brincar com ele, mas olhou para o meio da sala e lá estava ela, calmamente, a passear-se!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! I-n-a-c-r-e-d-i-t-á-v-e-l… O papá acha que o nome dela deve deixar de ser Amiguinha e passar a ser Ninja…
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