Cinco mesinhos e parece que foi ontem. Se fechar os
olhos consigo rever tudo, desde a primeira contracção depois de almoço, até às
6h12 do dia seguinte. Ter-te nos braços é a sensação que melhor recordo e mais
me aquece. Estás tão grande! Já fazes gracinhas, entre cuspinhos, sorrisos,
cantilenas e, a última, um ensaio de tosse para chamares a nossa atenção. Assim
que olhamos para ti, a tosse pára como que por magia, e tu sorris enormemente,
muito feliz de seres o centro do nosso Mundo. Levantas o rabinho no ar,
claramente numa antecedência do gatinhar, fazes muitas e muitas festas na nossa
cara, puxas os nossos cabelos com muita força e ris-te a achar que também é um
bom miminho. Ris-te com a mana, dás gargalhadas, entreténs-te só de olhar para
ela. Comes a sopa e a papa, tão bem como o leitinho que bebes. Já se nota que o
teu cabelo cresceu, tem muitas pontas compridas e já o conseguimos “prender”
atrás da orelha. Agarras tudo com muita força e destreza, raramente choras
embora já saibas muuuuito. Assim que o pai chega a casa é bom que te pegue logo
ao colo, caso contrário começas a forçar o choro e num ãhãhãh desgraçado. Tentas
sempre que não te deixemos na espreguiçadeira, sobretudo se tens soninho,
fazendo o teu beicinho doce e enchendo os olhos de lágrimas, numa tristeza
quase fingida mas encantadora. Já tens cinco meses e, tal como me aconteceu há
uns anos, gosto tanto de te ver assim a crescer, como gostava que voltasse o
tempo atrás e te voltasse a segurar pela primeira vez.
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