Só tens olhos para a mana. Só. Se ela estiver por
perto, nada mais interessa. O leite fica para depois, a televisão passa a um
quadrado escuro e sem graça, a mãe e o pai são meros adereços em casa. A mana é
que interessa. De olhinhos muito abertos, enormes, atenta, com a cabecita tipo cata-vento, assim estás tu, a seguir a
mana para todo o lado. É só ela chegar que o teu Mundo resume-se àquele ser tão
maior que tu, mas ainda assim, pequeno o suficiente para te despertar uma
atenção maior, melhor e tão diferente de tudo o resto; o tempo pára e os teus
olhos fixam-se na mana. É amor, é carinho, é mimo, é atenção, é vontade de
absorver tudo, cada grito, gargalhada ou palavra. É querer estar ao pé. É a tua
maninha mais velha.
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