Celebrámos o
aniversário da avó M. juntando-nos a ela, ao pai, ao tio e às amigas num
almoço. Estavas radiante, fazias gracinhas, cantavas embora na hora de soprar
as velas com a avó te tenhas retraído… como habitualmente entre pessoas que não
te são totalmente conhecidas. Dali seguimos as duas para o colégio da mana onde
nos esperavam a mana e os seus 29 colegas, de olhos bem abertos e ouvidos
atentos. Antes de chegarmos disseste-me que ias pintar ao pé da mana. Porém,
assim que entrámos na aula já não me largaste mais. No dia seguinte contaste à
avó que tinhas ido à aula da mana ler a história com a mãe, mas não falaste com
ninguém porque tinhas tido vegonha.
Contigo ao colo li a história que, com a mana, tinha escolhido: A princesa em
busca da felicidade. Omiti a primeira palavra do título, não fosse ter o sector
masculino a refilar antes do fim da história, indignado com o facto de trazer
uma história “para meninas”. Gostaram. A mana esteve sempre de sorriso tímido
que alargava quando lhe piscava o olho entre as linhas. Era notório o seu
sentimento de orgulho: a minha mãe está a ler-nos uma história, sentada na
cadeira do meu professor e a minha maninha também veio. Finda a leitura,
seguiram-se palmas, um grande reboliço, uma questão sobre a história e pedidos
para “ver a bruxa no livro”. Saímos antes de terminada a aula. Com a mana pela
mão lá foste, muitíssimo contente, visitar as suas queridas G. e S. Passaram no
refeitório e apesar de ainda não ser a hora oficial do lanche, trouxeram na mão
um pão cada uma, sob o ar inchado da mana mais velha que me disse já me
conhecem, pedi e deram-nos. Enquanto percorriam os corredores e as salas (até a
casa de banho onde a mana te levou a beber água), ouvia a mana dizer-te vês
Maria aqui é a sala rosa e aqui a azul, vai ser uma destas a tua, para o ano.
Como estava bastante frio, não deu para aproveitar os baloiços do recreio, mas
dúvidas não houve quanto à vossa felicidade no percurso até casa. (03022014)
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