Mãe eu não sei conduzir!!!

Tu: Não quero mais sopa.

Eu: Tens de comer toda.

Tu: Mãe tu mandas em ti e eu é que mando em mim.

Eu: Achas que sim?

Tu: Sim.

Eu: Então comes o que quiseres. Depois lavas os dentes, deitas-te e amanhã acordas e vestes-te e vais para o colégio.

Tu: (De lágrimas nos olhos) Mas mãe eu não sei conduzirrrrrr!

Eu: Vais a pé.

Tu: Mas é longe.

Eu: Não. É muito perto.

Tu: Mas eu não sei ir!!!

Eu: Não chores, a mãe está a brincar. Sabes que não é que eu mande em ti ou no teu corpo. Eu sou responsável por ti e tenho de me certificar de que cresces, aprendes e um dia sabes cuidar de ti sozinha. Mas ainda falta.

Tu: É quando?

Eu: Aos 21 és totalmente “dona de ti própria” e já conduzes também.

Tu: Mas tu não tens 21, tens 33!

Eu: É dos 21 em diante. Eu já fiz 21, 22, 23……. 33!

Tu: Ah…

Em defesa da mana

A mana bebé consegue magoar. Com as suas unhinhas afiadas (mesmo que acabadas de cortar), com toda a força que faz quando agarra os nossos cabelos e com a facilidade com que nos dá beliscões pela cara. Nos últimos dias tenho-lhe dito que não pode ser, não é Maria? Não pode bater, nem arranhar. Não, não! Não se faz. E faço cara feia ou agarro-te a mão e ponho-a para baixo. Sempre que te ofendes e desatas num pranto, muito ofendida com as reprimendas vens tu em sua defesa. Ontem dizias-me:

Tu: Mãe, ela não faz nada por mal!

Eu: Margarida a mana tem de ir percebendo o que está certo e o que está errado. A mãe tem de a repreender.

Tu: Não. A Maria é bebé e não sabe o que faz.

Eu: Margarida tens uma arranhão enorme na cara…

Tu: Não foi a mana, foi no colégio.

(E não foi. Foi mesmo à minha frente há dois dias atrás).

Por aqui também se partilha o ciúme…

Vem cá sentar-te no colo do meu pai quando eu cá estou ou distrair a minha mãe com danças quando ela está a apoiar-me enquanto tento começar a andar que levas logo uma arranhadela ou um grito… ou dois! Ai Maria! Quando cresceres mais um bocadinho também não te escapas do castigo! :-)

Your preschooler - four year old, fifth month

The name game: You might have spent months picking out just the right name for your child. And now she's mighty proud of it. Young children come to feel very possessive about their name - and the letters that make it up. One of the first words a child tries to spell, in fact, is her own name. This often happens months before she has much interest in spelling other words.

Dos dramas existenciais aos 4 anos de idade

Papá: Tens terra no olho?

Tu: Sim, o J. mandou-me terra para os olhos.

Papá: Isso para namorado não é nada bom sinal, tratar-te assim. É melhor arranjares outro namorado, não achas?

Tu: Sim! Eu queria namorar com o Sebastião mas ele não quer, ele não quer casar comigo!

Papá: Casar? Não é melhor namorares primeiro? Depois logo casas.

Tu: Todas as minhas amigas têm namorado e eu não.

Papá: Todas? De certeza? Uma menina tão bonita como tu e não arranjas um namorado.

Tu: Não!

Papá: Então o Sebastião não quer?

Tu: Não. Ele já tem uma namorada. É a L. B.

Eu: Se calhar eles não querem porque tens a mão pesada...

Papá: É? Tratas mal os meninos? Dás-lhes uns encontrões ou arranhões?

Tu: Hoje não! Hoje não me lembro de ter feito nada!

Papá: Ah, hoje... pois, se calhar é esse o problema.

...

Papá: Então e o Miguel?

Tu: Isso é uma boa ideia.

Papá: Tu gostas do Miguel não gostas? (é teu amigo)

Eu: Sim! E ele também é moreno!

Papá: Então se calhar é uma boa ideia, o Miguel.