Depois do banho estavas eléctrica e era humanamente impossível conseguir vestir-te… Fiz-te um “olhar 33”, daqueles que dizem tudo, no caso, Margarida já chega de saltos! Olhaste para mim, sorriste, abraçaste-me e disseste:
- Mamã eu sou tua amiga.
Enquanto os três líamos um livro sobre os diversos tamanhos, o pai dizia:
Papá: O papá é enorme. A Margarida é minúscula…
Tu: A mamã é media.
Depois de almoço:
Papá: Margarida posso ir comer uma laranja, daixas-me?
Como não te interessava parar a brincadeira
Tu: Não papá, depois de jantar!
No quarto na brincadeira sais-te com…
- A minha casa é muito bonita.
Ainda bem, estamos de acordo! :-)
O pai fazia-te muitas cócegas. Estavas excitadíssima, aos gritos e às gargalhadas. De vez em quando apelavas…
- Calma.
Em casa da avó M., em jeito de aviso à navegação, gritaste:
- Mané, vou fazer cocó!!!
Eu: Margarida vamos fazer um desenho.
Tu: Não, eu já fazi.
Eu estava sentada no sofá com dores de barriga, próprias das senhoras. Tu estavas ao meu lado e o pai também, a folhear um livro.
Tu: Não fiques tiste mamã (e vieste dar-me um abraço).
Eu: Não filha, doi-me um bocadinho a barriga.
Tu: Doi-te mamã?
Eu: Sim.
Tu: É do chocolate, como ó rechonchudo.
(há um episódio do Noddy em que o urso rechoncgudo come muito chocolate e fica com dores de barriga)
Eu: Ai sim?
Tu: Eu não góto de chocolate.
Ora aqui está uma novidade! :-) Não gostas é pouco!
Eu: Essa peça não é cor-de-rosa! É amarela não é?
Tu: Xim, a minha camijola é cor-de-rosa.
Eu: Ah, pois é, isso mesmo.
Tu: É a minha pefeída.
Pirosa! Lol!
A brincarmos com os legos.
Tu: Esta peça é a maior.
E não é que acertaste! Era a maior das muitas que tinhas nas mãos.
No carro. Eu à frente, tu na tua cadeirinha atrás.
Tu: Mamã qué um pejente.
Eu não percebi logo e respondi:
Eu: Um beijinho?
Tu: Não mamã, não quéio beijinhos, tou no carro. Não pode dar beijinhos, tou no carro.
Eu: Pois tens toda a razão, no carro não dá jeito nenhum… Quando sairmos do carro damos beijinhos.
Tu: Está bem.
Eu: Então o que é que estavas a dizer?
Tu: Quéio um pejente, pó avô.
Eu: Ah, o avô faz anos, tens razão, temos aqui um presente para ele, não te preocupes.
O pai pediu-te qualquer coisa.
- Pai tou ocupada a fazer constuções.
No carro com o pai depois de uma aula de ginástica em que fizeste birras deste que entraste até que saíste, sem usufruir nada da aula… O pai estava cabisbaixo, cansado e dizia-te que não podias portar-te assim, tinhas deixar de fazer birras
- Agora tou feliz, não choro mais. O papá gota muito de mim.
Depois de uma anorme birra em casa…
Tu: A mamã tá tiste.
Papá: Pois está. Só fazes birras.
Tu: Mas eu goto dela…
O pai conversava contigo na enésima tentativa de te convencer a dares as tuas chuchas…
Papá: Já viste o Ruca de chucha?
Tu: Não.
Papá: Pois não. Já viste a Manon de chucha?
Tu: Não.
Papá: E o Noddy, já o viste de chucha?
Como a conversa não estava do teu agrado respondes
Tu: Aaaaa… Aqui está ele!
Apontando para o ar. Lol! Boa tentative filha!
Acordaste da sesta em casa da avó M. Estavas na cama e não querias sair.
Avó: Anda Margarida, vamos vestir-te.
Tu: Não quéio.
A avó ficou por ali, sem insistir.
Tu: Avó, tenho frio.
São muitas em vezes em que vens ter connosco e dizes:
- Goto de ti papá! Goto de ti mamã!
No dia de anos da avó M., ao telefone:
- Tá lá? Avó M. és tu? Parabéns avó! Até logo, adeus!
De pijama e robe depois do banhinho:
- Papá olha pa mim, estou quentinha!
Na conversa de largar a chucha:
- A Melba não pecisa das minhas chuchas, são minhas, não lhe dou. Quando ela quiser eu dou depois.
Antes de saires de casa:
- Hoje não pejiso da minha capa, quéio o casaco branco.
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