Todos
os dias me sinto uma mãe orgulhosa. Sinceramente. Por ambos os tesouros que
tenho. Sinto um orgulho imenso, daqueles que vão até à Lua e voltam vezes e
vezes sem conta. Talvez não o diga aqui vezes suficientes. Mas sinto. Sábado
passado deixo aqui registado. Não que seja um motivo de orgulho maior ou menor
que o teu dia-a-dia, mas porque de facto me impressionaste. Senti-me uma mãe
super orgulhosa. As vacinas dos 5 anos foram este sábado. Tinham sido adiadas
algumas vezes por motivos que nos eram alheios. Falámos qb sobre as
vacinas. Quinta-feira passada disse-te (e sexta repeti) que tinhas todo o direito de chorar, que chorar um bocadinho
era mais que permitido. Vai doer quando a enfermeira picar, mas depois
passa. Não é agradável, mas não é nada do outro mundo… dizia-te eu.
Sexta-feira à noite, ao teu lado, antes da leitura das histórias, voltámos a
falar nas vacinas e a brincar com o assunto. Sorriste. Consegui perceber um
nervoso miudinho. Sábado de manhã ainda nos rimos quando te saíste com “estou
tão contente! É sábado e dia de vacinas!!!” em tom de gozo. Foste à frente da
tua amiga M., depois dos bebés e dos meninos mais pequenos. Corajosamente
disseste que sim, que ias na frente. O braço direito foi canja, encolheste-te
depois de contarmos até 4, mas rapidamente sorriste com a rapidez do assunto.
Tentámos que a M. fosse de seguida, mas estava muito chorosa e não quis.
Voltámos a ti. Agora era a vez do braço esquerdo. A nossa XXL avisou-nos entre
dentes que iria doer… Era agora altura de contar até 6. Consegui perceber que
doeu. Estava à tua frente agarrada às tuas pernas enquanto tu estavas sentada
na cadeira. Doeu. Deu bem para perceber. O teu queixinho tremeu uns segundos.
Disse-te que chorar era permitido! Que não tinha mal. Mas nada. Nem um ai, nem
uma lágrima. Fizemos uma festa tal que a altura de poder chorar já havia
passado. Seguiu-se o almoço com direito a batatas fritas e a sobremesa, como
havíamos prometido, em jeito de compensação. Tive tanto orgulho de ti. Foste
mesmo, mesmo corajosa. Mesmo. Boa filha! És a minha Brave! A tua máscara
de Carnaval deste ano era já um prenúncio J. Parabéns minha fortalhaça.
Nestas coisas não sais à mãe, isso é certo!
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