domingo, 13 de dezembro de 2009

Na última semana...

- O Pai Natal é meu amigo, deu-me chocolate.

(A avó M. comprou uma corda de pais natais pendurados só para ti e pôs na sala.)

- Olha os pais natais mamã, vão subi ao tecto!


- Olha mamã, olha.

- O que foi Margarida?

- A máquina tá abiada, o xenhor vai arranjar.


- Toma, xegura nisto.


- Hum mamã, leitinho tão bom!


- Isso é meu e o bebé é meu e o nonny também!

(Ok filha, é TUDO teu!!!)


- Vem ver o meu dejenho, no meu quarto.


Eu: O que estás a fazer Margarida?

Tu: Estou a fazer constuções mamã, é fácil!


- Adeus tio K. e adeus Lago, vais ao médico. Té logo.


- Avó xou gande, tou a c’exer!


Tu: Qué ir ao dentista.

Papá: Queres ir ao dentista?

Tu: Xim, do Ruca.

Papá: O que é que faz o dentista?

Tu: Arranja os dentinhos.


(Num worshop de dança em que os bebés eram os presentes que os pais receberiam no Natal)

- Xou o Pai Natal, o tenó é meu!


Eu: Vamos Margarida, temos de ir ao médico para ver se está tudo bem contigo.

Tu: Não quéio! Não qué ir ao médico!


Tu: Qué bolinho mamã?

Eu: A esta hora??

Tu: Xó um, depois vou jantar!

(Ah pois, está bem...)


(Ao sairmos da consulta)

- Já fui ao médico.


(Depois de virmos da consulta)

- Qué o meu livinho de ir ao médico.


Papá: Diz lá à mãe como é que te chamas.

Tu: Magaida Gomes Inriques!


Eu: Onde foste, conta à mamã.

Tu: Fui à piscina, dei megulhos e bolhinhas!


- Xou pefeita!

(Bem... eheheh)


(No banho deitada na banheira a chapinhar e a dar um banho à casa de banho inteira)

- Mamã é divetido!

(Já eu não posso dizer o mesmo...)


Eu: Queres ir à rua Margarida?

Tu: Vê as luzinhas de Natal?

Eu: Sim.

Tu: Queio mamã.


Tu: Mamã anda ali.

Eu: Ali onde?

Tu: À cozinha.

Eu: Para quê?

Tu: Anda mamã, anda.

(Chegadas à cozinha)

Tu: Bolinho?! – E depois olhas para mim, sorris com todos os dentes a verem-se, de nariz e testa franzidos, mesmo, mesmo a “dar graxa”!


Eu: Papá onde está a Margarida?

Papá: Não sei.

Eu: Será que está no quarto? E na cozinha? Não sei dela...

(Ouvimos uma vozinha...)

Tu: Atás do cortinado!


- Tenho cocó!!!

(Agora avisas sempre, aos gritos de preferência, estejamos em casa ou noutro sítio q-u-a-l-q-u-e-r!)


(Na cozinha olhavas entretida para os desenhos animados que passavam na televisão, enquanto a avó M. tomava o pequeno almoço. Reparaste que a avó olhava para ti fixamente. Olhaste para ela e disseste, firme)

- Come!


(A caminho do jardim uma senhora meteu conversa contigo, elogiando o chapéu de chuva que levavas, contente, na mão)

- Vai-te embora!

Foi a tua simpática resposta...


(Preparávamo-nos para embrulhar-te um presente para o Natal que estava em cima da mesa da sala, dentro de uma caixa, totalmente imperceptível.)

- É para mim mamã?

(Isso é faro ou quê???)


(Ao passarmos de carro por umas obras)

- Uma xcavadora! Uau! É gande! Outra!!! Cuidado com a cabexa!

(Ahahahahah!)


Eu: Margarida já acabaste?

Tu: Não, falta um bocadinho.


(Chamaste-nos a meio da noite)

Eu: O que foi Gui, o que se passa?

Tu: Mamã tenho cocó e tou molhada...


Tu: Hum, hum, hum...

Eu: O que foi filha?

Tu: Qué ir pa casa da madinha!


- Tive uma ideia!


(Depois do banho pusemos perfume)

- Hum, cheira bem, que bom!


(De manhã, a caminho de casa da avó, por duas vezes esta semana)

- Não quéio ir pa casa avó M. Não quéio! Quéio a mamã e o papá!


(Um bolinho de chocolate mesmo à tua frente)

- Poxo comer? Por favor!


(Na casa de banho com o pai a tentares brincar com a água e o pai a “estragar-te” a brincadeira)

Tu: Papá vai pá sala.

Papá: Eu vou, mas tu também vais.

Tu: Pimeiro vou lavar as mãos.

(Querias!!!)


Eu: Olha que bonita a minha mão Gui, toda pintada!

Tu: Anda comigo mamã, vamos casa banho lavar a mão, o desenho sai tudo!


- Mamã já acodaste! Muito bem!


(Quinta-feira ao chegarmos a casa ao final da tarde.)

Não qué ir pa casa, qué o tio J. e a tia C.!

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