- O Pai Natal é meu amigo, deu-me chocolate.
(A avó M. comprou uma corda de pais natais pendurados só para ti e pôs na sala.)
- Olha os pais natais mamã, vão subi ao tecto!
- Olha mamã, olha.
- O que foi Margarida?
- A máquina tá abiada, o xenhor vai arranjar.
- Toma, xegura nisto.
- Hum mamã, leitinho tão bom!
- Isso é meu e o bebé é meu e o nonny também!
(Ok filha, é TUDO teu!!!)
- Vem ver o meu dejenho, no meu quarto.
Eu: O que estás a fazer Margarida?
Tu: Estou a fazer constuções mamã, é fácil!
- Adeus tio K. e adeus Lago, vais ao médico. Té logo.
- Avó xou gande, tou a c’exer!
Tu: Qué ir ao dentista.
Papá: Queres ir ao dentista?
Tu: Xim, do Ruca.
Papá: O que é que faz o dentista?
Tu: Arranja os dentinhos.
(Num worshop de dança em que os bebés eram os presentes que os pais receberiam no Natal)
- Xou o Pai Natal, o tenó é meu!
Eu: Vamos Margarida, temos de ir ao médico para ver se está tudo bem contigo.
Tu: Não quéio! Não qué ir ao médico!
Tu: Qué bolinho mamã?
Eu: A esta hora??
Tu: Xó um, depois vou jantar!
(Ah pois, está bem...)
(Ao sairmos da consulta)
- Já fui ao médico.
(Depois de virmos da consulta)
- Qué o meu livinho de ir ao médico.
Papá: Diz lá à mãe como é que te chamas.
Tu: Magaida Gomes Inriques!
Eu: Onde foste, conta à mamã.
Tu: Fui à piscina, dei megulhos e bolhinhas!
- Xou pefeita!
(Bem... eheheh)
(No banho deitada na banheira a chapinhar e a dar um banho à casa de banho inteira)
- Mamã é divetido!
(Já eu não posso dizer o mesmo...)
Eu: Queres ir à rua Margarida?
Tu: Vê as luzinhas de Natal?
Eu: Sim.
Tu: Queio mamã.
Tu: Mamã anda ali.
Eu: Ali onde?
Tu: À cozinha.
Eu: Para quê?
Tu: Anda mamã, anda.
(Chegadas à cozinha)
Tu: Bolinho?! – E depois olhas para mim, sorris com todos os dentes a verem-se, de nariz e testa franzidos, mesmo, mesmo a “dar graxa”!
Eu: Papá onde está a Margarida?
Papá: Não sei.
Eu: Será que está no quarto? E na cozinha? Não sei dela...
(Ouvimos uma vozinha...)
Tu: Atás do cortinado!
- Tenho cocó!!!
(Agora avisas sempre, aos gritos de preferência, estejamos em casa ou noutro sítio q-u-a-l-q-u-e-r!)
(Na cozinha olhavas entretida para os desenhos animados que passavam na televisão, enquanto a avó M. tomava o pequeno almoço. Reparaste que a avó olhava para ti fixamente. Olhaste para ela e disseste, firme)
- Come!
(A caminho do jardim uma senhora meteu conversa contigo, elogiando o chapéu de chuva que levavas, contente, na mão)
- Vai-te embora!
Foi a tua simpática resposta...
(Preparávamo-nos para embrulhar-te um presente para o Natal que estava em cima da mesa da sala, dentro de uma caixa, totalmente imperceptível.)
- É para mim mamã?
(Isso é faro ou quê???)
(Ao passarmos de carro por umas obras)
- Uma xcavadora! Uau! É gande! Outra!!! Cuidado com a cabexa!
(Ahahahahah!)
Eu: Margarida já acabaste?
Tu: Não, falta um bocadinho.
(Chamaste-nos a meio da noite)
Eu: O que foi Gui, o que se passa?
Tu: Mamã tenho cocó e tou molhada...
Tu: Hum, hum, hum...
Eu: O que foi filha?
Tu: Qué ir pa casa da madinha!
- Tive uma ideia!
(Depois do banho pusemos perfume)
- Hum, cheira bem, que bom!
(De manhã, a caminho de casa da avó, por duas vezes esta semana)
- Não quéio ir pa casa avó M. Não quéio! Quéio a mamã e o papá!
(Um bolinho de chocolate mesmo à tua frente)
- Poxo comer? Por favor!
(Na casa de banho com o pai a tentares brincar com a água e o pai a “estragar-te” a brincadeira)
Tu: Papá vai pá sala.
Papá: Eu vou, mas tu também vais.
Tu: Pimeiro vou lavar as mãos.
(Querias!!!)
Eu: Olha que bonita a minha mão Gui, toda pintada!
Tu: Anda comigo mamã, vamos casa banho lavar a mão, o desenho sai tudo!
- Mamã já acodaste! Muito bem!
(Quinta-feira ao chegarmos a casa ao final da tarde.)
Não qué ir pa casa, qué o tio J. e a tia C.!
Nenhum comentário:
Postar um comentário