terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

À noite


À noite, no teu quarto, tomo-te nos braços, sento-me no “nosso” puff e embalo-te. Raramente refilas. Encostas a cabeça no meu peito, aninhaste, suspiras e, por vezes, choramingas com mimo, em busca do meu pronto minha querida, agora vamos fazer ó-ó. A mamã fica aqui contigo, ao pé de ti. Depois, trauteio uma música, canto uma canção de embalar. Às vezes embalo-te outras, levada pelo cansaço, limito-me a envolver-te nos meus braços e a sentir a tua respiração célere a acalmar, a ficar mais pesada. Dias há em que demoras a fechar os olhinhos. Outros há em que quando te aperto no colo já os tens bem fechados. Depois, invade-me o sentimento de que todos os mimos, todos os sorrisos, todas as festas, todos os beijos, todos os “meu amor”, “minha bebé”, “minha querida”, todas as brincadeiras, todos os toques, todo o amor do dia que chegou ao fim, não chegam para saciar a minha necessidade de te ter nos braços… não são suficientes para te demonstrar o quanto te amo. Fico sempre com vontade que o dia seja maior. E confesso… se não fosse igual necessidade sentida em relação ao papá, ficaria no “nosso” puff, contigo nos braços, até amanhecer.

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