Uma verdadeira artista!

A tua veia artística parece-nos notória : - ). Todos os dias desenhas e pintas enormes círculos (tortos) e traços (riscos) em papel, paredes, quadros próprios, mesas ou mesmo no chão, de cores muito diversificadas. Não raramente pegas no teu microfone ou andas de pandeireta na mão, e tocas xilofone sempre que te lembras. Nos últimos dias, adoras fazer de mágica, em cima da tua cadeirinha de “varinha” na mão. Apontas para mim e dizes: Aba caaaba mamã, faz de coelho já! Ok… ahahah. A artista manda!

Sai um cafézinho

Depois de jantarmos, pedes para seres tu a tirares os nossos cafés. “Sobes” ao meu colo ou ao do pai, as chávenas de café já ao lado da máquina, escolhes uma cápsula, abres a tampa da máquina, introduzes a cápsula lá dentro direitinha, fechas a tampa, carregas no botão e aguardas. Depois repetes o processo enquanto dizes este é para ti, aquele é para a mamã. No final, dois cafés tirados, dás-te por satisfeita e retomas as tuas brincadeiras. Se tivermos convidados não te importas, muito pelo contrário. Afinal, tirar cafés é uma descoberta e um divertimento como outro qualquer!

Fashion!!!

Há umas semanas:

Tu: Onde está a minha capa?

Papá: Está no armário.

Tu: Queio vesti-la!

Há presentes de aniversário assim… Fascinam mãe e filha. É pena não haver uma igualzinha para o meu tamanho! Bom, haver até há, mas não é suportável, eheh. E se te disser que a prima não se ficou por aqui??? Como é hábito, encheu-te de roupas l-i-n-d-a-s, como esta gabardine. Um casaco da mesma estilista branco, fofo, igualmente lindo, um vestido azul mimoso, enfim, a prima é assim, doida! E nós adoramo-la!

Alguns presentes

Não querendo, de forma alguma, “diminuir” o valor (sentimental, obviamente) e a felicidade com que recebeste outros presentes, assina-lo aqui quatro. O microfone que deram os padrinhos, porque de facto não falavas noutra coisa e adoraste finalmente ter um microfone para c-a-n-t-a-r. Ainda por cima, ouvem-se aplausos carregando num dos botões, o que te deixa em êxtase! O quadro para desenhar (e depois apagar) que deu a “tia” B. Depois de o receberes, estiveste grande parte da festa “atrelada” ao quadro. Ninguém podia desenhar, só tu. Até hoje, é raro passar um dia sem que vás buscá-lo para desenhares os teus artísticos rabiscos. Uma cadeirinha, vermelha, giríssima e, aparentemente, inofensiva, dada pelo “tio” H. e a “tia” A.S. Digo “aparentemente”, uma vez que quando a vi, achei o máximo, achei que ias adorar e inclusive já tinhamos pensado diversas vezes em comprar uma para te oferecer. Quando a desembrulhaste ainda na festa, largas-te o quadro de desenhar… Adoraste! A simpática cadeira, além de servir cá em casa para te sentares (no teu quarto – posto n.º 1, na sala – posto n.º 2, no nosso quarto – posto n.º 3, onde for que te lembres de a levar contigo), também te ajuda a chegar às prateleiras (pois!!!) e, the last, but not the least, tem um apito… Cada vez que te sentas OU levantas, apita. Na verdade, chia! Sim, é agudo! E quando te lembras de nos acordar assim, enfim, não há palavras… : - )

Finalmente, faço referência a um presente que te tinha sido prometido na passagem de ano de 2008/2009. Ficaste tão fascinada com o animalzinho que descobriste na cozinha dos pais do “tio” L., que ele prometeu que te oferecia um igual quando fizesses dois anos. E cumpriu. Os “tios” J. e L. entraram na festa com uma linda e pequenina tartaruga, dentro de um aquário de pedrinhas rosa choque, com palmeiras, devidamente acompanhados de um abrilhantador de carapaça, vitaminas e comidinha. O kit completo, para que nada falte à tua amiga. Foi uma excitação! É de facto é um espectáculo o bicho. Acredita quando te digo que, não obstante estes 4 presentes, adoraste os livros, os jogos, os legos, os animais da quinta, e todos os presentes sem excepção. (Já eu, também adorei todas as peças de roupa!!!). É verdade. Não fosses tu uma criança cheia de vida e de vontade de brincar e descobrir coisas novas. Andaste vários dias num corropio para dares conta de todas as novidades! E ainda viria o Natal… Ah pois é! : - )

Registos da Festa

O teu 2.º aniversário

A festa foi no próprio dia de anos. Calhou a um Domingo. O número de convidados era digno de um casamento… enfim, ainda não és tu a organizar, não é o pai que faz a lista… Sou eu, e isso nota-se. : - ) Adoro aniversários, adoro festas e reuniões de amigos. Alguém dizia: bem, esta é uma festa vossa… Lol! De facto. Faço questão de rever o máximo de pessoas que gostava de ver todos os dias ou vá, uma vez por mês que fosse e que não tenho oportunidade. Aproveito sempre os aniversários da família (meus, do pai, teus…) para tentar reunir familiares e amigos. A verdade é que resulta. Poucos recusam o convite e isso faz com que nos vejamos, no mínimo, uma a três vezes por ano! Quanto aos amigos e família sempre presentes, bem, sem eles as celebrações não fariam sentido. Como não faria a partilha dos momentos menos bons. Assim, e dado que este ano não havia limitação de espaço, estiveram presentes 70 pessoas (“contra” 40 o ano passado). E foi óptimo! Divertido, caloroso, emocionante. Dos mais bebés aos mais anciãos. Estavam todos presentes. De início achaste um pouco confuso e não querias dar beijinhos ou receber presentes. A meio da festa nem te viamos, embrenhada que estavas na brincadeira. Na altura do bolo correste, desejosa de ouvir e cantar os Parabéns a você, bater palmas e, claro, provar o bolo que, simplesmente, adoraste! Estava de facto muito giro. Agradeço ao autor do desenho e à senhora que depois o fez em bolo, sem com isso lhe retirar beleza ou doçura. Era uma boneca, inspirada em ti. Eras tu, num bolo. E no final da festa, estavas visivelmente desapontada por ter chegado ao fim. Durante vários dias me dizias: mamã qué outa festa! Qué bolo e balões! Os presentes foram imensos, como seria de esperar com tantos convidados. Brinquedos não te faltam (e guardei alguns para te ir dando); o guarda-fatos está repleto de roupa para os próximos meses ainda frios e as palavras dos “testemunhas” que te escreveram não têm preço ou agradecimento possível. Dois anos. Celebrados com carinho, devoção, amor, animação e muitos amigos, daqueles que se quer. Amigos. Um “obrigada” enorme a todos pela presença, pela vontade, pelo carinho, pelos sorrisos. Sem estas pessoas, nem tu, nem eu, nem nós, nem a nossa vida, seria a mesma. Nada seria tão bom. E como se não bastasse a presença, quero que saibas que contámos com várias amigas para ajudar a enfeitar a sala no dia anterior. Um frio gélido e ninguém arredou pé até estar tudo impecável. E para que nada faltasse, afinal éramos muitos, contámos com doces e salgados de muitos voluntários! A estes um beijo ainda mais especial. A sala estava o máximo e não fui só eu a notá-lo.

Com a Avó M. VS Connosco

A avó aquece sempre a tua comida em banho-maria, nós costumamos dar uso ao micro-ondas;

A avó faz sopa de três em três dias, nós fazemos uso do congelador;

Com a avó comes tudo sem birras, connosco ultimamente dizes sempre que não queres sopa, mesmo que tenhas fome e na verdade comas sempre tudo;

Com a avó o mimo é constante, mas regras são regras, connosco o mimo vira birra muitas vezes;

Com a avó raramente te lembras da chucha, connosco pedes a chucha várias vezes, a ver se pega...

Enfim, muitas outras comparações poderiam ser feitas, mas no final, parecem-me normalíssimas relações entre pais e filha e entre avó e neta : - )

25 month old

Having trouble keeping up with your energetic toddler? Now that walking's old hat, she's probably moved on to running, jumping and hopping. When she gets all wound up, let her go — otherwise you'll have a restless, cranky child on your hands as the day wears on. You can channel some of her energy by setting up little games. Ask her to pick up toys and run back to the toy box with them, or go outside and teach her the game of hopscotch. Don't worry about whether she can pick up the stone or jump in the right boxes — just let her have fun and move around. It will give her a chance to work off some of that boundless energy while helping her build strength and co-ordination.

Zangaste-te

A avó M. tentava trocar-te o pijama para outra roupa depois da sesta. Estavas, como é habitual agora, a recusar pôr ou tirar o que quer que fosse e a insistir que o farias sozinha. Como não te despiste nem vestiste a avó M. zangou-se contigo e com a tua teimosia. Como não te agradou disseste-lhe: quero ir para casa da mamã! Pois, muito esperta... : - )

Diálogos, monólogos, frases soltas e outros registos…

(Tocaram à porta)

Eu é que abro a porta!!!

(Corres para a porta e pegas no intercomunicador)

Quem é? Está aí alguém?

(Como não ouviste resposta)

Adeus!!!

Eu: Quem é Linda?

Tu: É a Margarida.

Eu: E quem é feia?

Tu: É a Margarida.

Eu: Também és feia??

Tu: Não, eu não sou feia.

Eu: Ah bom…

(Na sala a fazeres construções de legos com o papá)

Está lindo! De ceteza que a mamã vai gostar!

Tu: Mamã vou à música.

Eu: Vais? Que bom! Então é melhor irmos vestir-te.

Tu: Eu consigo vestir-me sozinha.

(Muito bem dito, mas ainda não é bem verdade…)

Eu: Porta-te bem filha. Prometes?

Tu: Pometo.

Tu: Estou jangada com o papá!

Eu: Porquê?

Tu: O papel está estagado!

Eu: Foi o pai?

Tu: Sim! Vou pô-lo no lixo.

(E lá foste: esticaste-te muito junto à parede para abrires a luz da cozinha, foste até ao caixote do lixo, abriste-o, puseste o papel no lixo e voltaste, amuada).

- Eu vou contigo! Eu vou contigo!

(Praticamente para todo o lado da casa, seja connosco ou com a avó M.)

- Olha mamã, és tu na fotogafia, é ele (a apontar para o papá).

- Joana (a tua boneca Mexicana) tens o cabelo decorado. Fica aí sentadinha e tu também, quietinho (para outro boneco).

A pores os teus bebés no meu colo:

- Toma mamã, cuidado que ele é muito pequenino!

- Mamã tenho cocó, quero uma falda limpinha.

- Olha pa mim, estou a ajudar o papá!

Eu: Margarida temos de sair do banho.

Tu: Mamã agora estou a nadar.

Eu: Já acabaste de nadar?

Tu: Xim, agora estou a brincar um pouco…

Eu: Margarida vou à casa de banho, já venho.

Tu: Eu vou contigo! Eu vou contigo!

(Então ainda bem…)

Papá: Margarida não mexas na mala de mãe.

Tu: Vais dá-la?

Papá: Sim vou.

Tu: Pois, é dela.

Tu: Estou atrasada.

Eu: Para ires onde?

Tu: Trabalhar.

A apontar para as fotos:

Olha papá és tu! Agora xou eu e a mamã!

Depois do pai ter vindo almoçar a casa e se preparar para sair novamente:

Tu: Adeus papá, vai tabalhar, ganhar dinheirinho. Toma o teu casaco… e as chaves.

Papá: Obrigada filha, até logo.

Depois só as duas em casa.

Tu: Sou pequenina, não posso ir ao tabalho com o papá… Mas eu queio ir à rua, no carro.

Eu: Quando o pai chegar vamos à rua, pode ser?

Tu: Tá bem.

- Mamã vou com o papá, vou ver o que o papá vai fajer.

Chegaste a casa e eu tinha tirado as decorações de Natal. Estavam todas dispostas em cima do balcão da cozinha para as arrumarmos nas caixas.

Tu: Oh, o Natal já acabou!

Eu: Sim filha, mas para o ano há mais Natal.

Tu: Oh, mas eu quia agoia o Natal…

Papá: Margarida isso é sumo, não é água.

Tu: Mas eu qué bebê-lo!

Está uma pessoa na casa de banho…

Tu: Já fizeste?

Eu: Estou quase pronta.

Tu: E agoia já fizeste?

(Grrrrrrr!)

À mesa, depois de tu jantares, eu e o pai tentamos jantar… calmamente:

Tu: Mamã já acabaste?

Eu: Não.

Tu: E tu papá já acabaste?

(Grrrr!)

No dia a seguir ao Natal:

Recebi muitos pejentes! Tou feliz!

- O menino Jesus tem um burro e uma vaquinha, é pa aquecer, poque tem muito fio.

Tu: Mamã vem lá o tio k.!

Eu: Acho que não é o tio.

Tu: Então não sei quem vem lá.

Tu: São uns bincos mamã, teus?

Eu: São sim filha, os meus brincos.

Tu: Que lindos.

Tu: Toma o teu café mamã.

Eu: Obrigada querida. Já bebo.

Tu: De nada mamã!

Reforço:

O pai meu, a mãe minha, a chucha minha!

Pintora

Tu: Olha mamã o meu desenho, fui eu que pintei.

Eu: Que bonito filha.

Tu: Olha o quadro fui eu que pintei as meninas. E a parede, pintei de cor laranja!

Eu: Tu?

Tu: Xim! Pintei o candeeio!

Eu: Ah foi e de que cor?

Tu: Cor rosa!

À espera de ires para o banho, apareces na sala sem as calças e com as collants pelos tornezelos:

Estou ponta!!!

(Lol!)

- Esta música é muito gira!!! Eu góto!

Eu: Agora vamos tomar banho.

Tu: Tu já tomate mamã.

Eu: Tens razão, eu já tomei banho. Agora é a tua vez.

Tu: Agora xou eu!!!

Papá: Dás a tua chucha ao bingo (cão dos desenhos animados)?

Tu: Não, nem pensar!

Ao colo do pai a mexeres o arroz no tacho com uma colher de pau:

Sou a cozinheira!

Papá: Oh filha, tu fazes tudo por um chocolatinho!

Tu: Eu sei…

- Também queio pintar as unhas mamã, que bonitas!

- Mamã és tão quida.

Nos dias que antecederam o Natal… e também uns dias depois:

- Feliz Natal! Feliz Natal!

O avô deu-te vinho a cheirar, pois querias beber do copo dele:

O binho é bom avô.

Eu: Já almoçaste filha?

Tu: Sim, eu já papei.

Depois de eu ter colocado umas margaridas no cortinado do teu quarto em casa da avó M.:

Olha mamã, o cotinado é novo! Uau!

Tu: Anda papá! Anda!

Papá: Onde Margarida?

Tu: Aui!

(Ali, que é como quem diz, já vais ver, é melhores vires primeiro comigo…)

Avô F.: Isso é ketchup, não é para ti.

Tu: Mas eu queio o chup…

Eu: Mas isso não é bom para a tua barriga.

Tu: Talvez o peixe com chup?

- Olha avô, uma cara sorrida!

- Aquexe Mané, faz xabor, põe no forno.

Abri a porta de um armário da cozinha:

Mamã tem imensas coisas!

- Adeus mamã, até à póxima!

No dia seguinte aos teus anos:

Queio outa festa mamã. Queio ir para a festa agoia…

Pegaste num “M” do teu puzzle e disseste-me:

Olha, é letra de mamã!

Depois de riscares a parede a um cantinho:

Olha o que eu fiz papá!

Mamã, olha o meu pejente! É lindo!

Na tua festa de anos:

Adeus e obrigada!

(Esta foi o avô F. que te ensinou!)

Tu: Mãe tás com frio?

Eu: Sim, estou.

Tu: Então põe as pantufas!

Em casa ouvia-se uma picareta das obras em frente, a trabalhar:

Mamã, é um pica-pau!